Depois de começar o dia em queda, o dólar inverteu a tendência e passou a operar em alta nesta quarta-feira (4), em meio à repercussão de uma nova pesquisa que mostra aumento na desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o mercado financeiro reagiu à nova política tarifária dos Estados Unidos, que afeta diretamente o Brasil.
Dólar sobe após início em queda
A moeda norte-americana começou o dia em baixa, mas virou para o campo positivo ao longo da manhã. Veja os números:
- Às 13h44, o dólar registrava alta de 0,2%, cotado a R$ 5,647;
- Mais cedo, às 12h35, subia 0,05%, valendo R$ 5,638;
- A cotação mínima foi de R$ 5,611, enquanto a máxima até o momento chegou aos R$ 5,647;
- Na terça-feira (3), a moeda fechou com queda de 0,7%, a R$ 5,635;
- No acumulado de junho, o dólar ainda apresenta perda de 1,45%, e no ano, já recuou 8,81% frente ao real.
Bolsa brasileira recua após abertura positiva
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa, também começou o dia no azul, mas virou para o negativo pouco depois.
- Às 13h46, o índice caía 0,25%, aos 137.400 pontos;
- No dia anterior, havia fechado em alta de 0,56%, em 137.500 pontos;
- Em junho, a Bolsa acumula leve alta de 0,38%;
- No acumulado de 2025, o ganho é de 14,35%.
Pesquisa aponta desaprovação recorde ao governo Lula
No cenário político, o destaque do dia foi a nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, que mostra uma desaprovação recorde ao presidente Lula.
- 57% dos entrevistados desaprovam o governo, o maior índice desde o início do mandato;
- A aprovação caiu de 41% para 40% em relação à pesquisa anterior;
- Desde dezembro de 2024, a avaliação geral do governo só piora:
- 43% avaliam como negativa,
- 28% como regular,
- 26% como positiva;
- A percepção de que o Brasil segue “na direção errada” subiu para 61%, ante 56% em março e 50% em janeiro.
Católicos e eleitores sem posição política passam a reprovar mais o governo
Pela primeira vez, a maioria dos católicos (53%) desaprova o governo, enquanto 45% aprovam. Entre os brasileiros que dizem não ter posicionamento político, a desaprovação também aumentou: 61% contra 59% em março.
Nordeste ainda sustenta aprovação, mas Sudeste lidera desaprovação
O Nordeste continua sendo a única região onde o governo tem maioria de aprovação (54%). Por outro lado, no Sudeste, a rejeição chegou a 64%, um novo recorde negativo.
Tarifas dos EUA pressionam o mercado
No cenário internacional, as atenções se voltaram para os Estados Unidos. O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou o dobro das tarifas sobre importação de aço e alumínio, com efeitos imediatos a partir desta quarta-feira. O Brasil está entre os países atingidos, o que trouxe mais incerteza para os mercados.