O Brasil registra cerca de 50,5 mil fraturas de quadril por ano no Sistema Único de Saúde (SUS). As projeções são alarmantes: até 2050, esse número pode quase quadruplicar, chegando a 199 mil casos anuais. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 40 mil pessoas aguardam atualmente por cirurgias desse tipo no sistema público.
Diante desse cenário, o papel do cirurgião de quadril torna-se indispensável. No próximo 29 de agosto, celebra-se o Dia do Cirurgião do Quadril, data criada pela Sociedade Brasileira do Quadril (SBQ) para valorizar esses especialistas que devolvem mobilidade, autonomia e qualidade de vida a milhares de brasileiros.
“O tratamento do quadril, na maioria das vezes, envolve procedimentos de alta complexidade, que exigem preparo técnico rigoroso, atualização constante e profundo conhecimento médico”, destaca Marcos Giordano, ortopedista e presidente da SBQ. Ele ressalta que esses profissionais atuam diretamente em casos como artrose, fraturas e outras patologias que comprometem a independência dos pacientes.
Uma homenagem histórica
A escolha do dia 29 de agosto não é por acaso: a data marca o nascimento de John Charnley, médico britânico considerado o “pai da artroplastia moderna”. Charnley revolucionou a cirurgia de prótese de quadril, criando as bases para as técnicas utilizadas até hoje e transformando o tratamento das doenças articulares.
Essa referência histórica, segundo Giordano, simboliza a importância da especialização e da inovação contínua na medicina. “A cirurgia do quadril vai muito além do ato cirúrgico: é um pilar da saúde que sustenta a mobilidade e a autonomia da população. Valorizar o cirurgião de quadril é também reconhecer a necessidade de fortalecer o sistema público e ampliar o acesso a diagnósticos precoces e tratamentos adequados”, afirma o presidente da SBQ.
