EUA volta a mirar em Caracas e promete “novas ações” caso retorne à Casa Branca
Donald Trump fala, os dias de Nicolás Maduro no poder estão contados, em referência ao atual líder da Venezuela.
“Maduro é um ditador e o povo venezuelano merece liberdade. Quando eu voltar, as coisas vão mudar muito rápido em Caracas”, disse Trump, sob aplausos da multidão.
Pressão política e sinal ao eleitorado latino
A declaração surge em meio a um momento de tensão política na América Latina, com os EUA observando atentamente a crescente influência de China e Rússia na região.
Trump também tem forte impacto eleitoral: a comunidade latina na Flórida — especialmente os venezuelanos exilados — é considerada estratégica para sua campanha de 2026.
O discurso faz parte de uma estratégia de política externa e eleitoral. “Trump busca reforçar sua imagem de líder forte, prometendo reverter o que considera fraquezas da atual administração democrata”, afirmou o cientista político norte-americano Daniel Rosenthal.
Não aceitamos ameaças
O governo venezuelano classificou as declarações de Trump como ‘intromissão e chantagem imperialista’. Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que “nenhum poder estrangeiro decidirá o futuro político do país”.
O chanceler Yván Gil declarou que a Venezuela “resistirá a qualquer tentativa de desestabilização”, e acusou Trump de tentar “reviver a política intervencionista da era Monroe”.
Tensão e isolamento
Os Estados Unidos reconheceram Juan Guaidó como presidente interino, as relações entre Washington e Caracas permanecem congeladas. Mesmo com o governo Biden ensaiando aproximações diplomáticas.
Impacto regional e cenário futuro
Com a eleição americana se aproximando, a fala de Trump pode reacender o debate sobre o papel dos EUA na América Latina. Especialistas afirmam que uma nova pressão sobre Maduro pode ter reflexos em países aliados, como Cuba e Nicarágua, além de influenciar o cenário político no Brasil e na Colômbia.
“Trump fala para sua base, mas também envia um recado claro: se voltar ao poder, voltará a exercer influência direta sobre o continente”, resume Rosenthal.





