Declaração conjunta reforça linha vermelha: nenhum acordo inclui concessões territoriais
Washington e Kiev reiteraram que qualquer acordo de paz deverá preservar a “plena soberania” da Ucrânia.
A mensagem foi divulgada após uma série de reuniões diplomáticas que visam alinhar estratégias para uma eventual negociação com a Rússia.
Autoridades de ambos os países afirmam que o posicionamento é crucial para conter especulações sobre pressões externas que supostamente buscariam forçar a Ucrânia a ceder territórios ocupados.
EUA rejeitam solução que fragilize
O governo norte-americano enfatizou que não apoiará qualquer iniciativa que envolva a renúncia de partes do território ucraniano, reforçando que a integridade territorial do país é um princípio inegociável.
Para Washington, aceitar um acordo que beneficie militarmente Moscou criaria um precedente perigoso no cenário internacional, incentivando agressões futuras contra outros países. A Casa Branca avalia que a estabilidade global depende da defesa das fronteiras reconhecidas pela ONU.
Diplomatas norte-americanos afirmam que a mensagem também serve para fortalecer a confiança de aliados europeus, muitos dos quais enfrentam pressões internas crescentes devido ao prolongamento do conflito.
Kiev diz que não aceitará paz a qualquer custo
O governo de Volodymyr Zelensky reforçou o discurso de que uma paz duradoura só será alcançada quando a Rússia retirar suas tropas e respeitar plenamente a soberania ucraniana.
Zelensky tem repetido que aceitar concessões territoriais equivaleria a legitimar a invasão russa e minaria os valores democráticos pelos quais o país luta desde 2022. Segundo assessores presidenciais, qualquer solução “a curto prazo” que envolva perda de território apenas criaria um conflito congelado, potencialmente mais perigoso no futuro.
Mensagem direcionada a aliados europeus e países emergentes
A declaração conjunta também se destina a países que têm se mostrado cautelosos quanto ao prolongamento da guerra. Estados europeus lidam com impactos econômicos, enquanto nações emergentes pressionam por negociações rápidas para aliviar tensões globais.
Nesse contexto, a reafirmação de soberania funciona como uma bússola diplomática, estabelecendo parâmetros claros para qualquer diálogo internacional. Os EUA e a Ucrânia buscam evitar que propostas externas criem fissuras dentro da coalizão que atualmente apoia Kiev.





