Estados Unidos e Venezuela voltou a subir após Nicolás Maduro desconsiderar o ultimato imposto por Donald Trump para deixar o país e iniciar uma transição política. A decisão do líder venezuelano intensifica o impasse entre Caracas e Washington e cria um cenário imprevisível para a região.
Maduro Reafirma Permanência no Poder
Apesar do prazo estabelecido pelo governo norte-americano, Maduro reforçou que não deixará a Venezuela e que sua permanência representa, segundo ele, “a defesa da soberania nacional”.
O líder chavista discursou em rede nacional afirmando que não aceitará pressões externas, acusando os Estados Unidos de tentar impor um projeto político por meio de ameaças e sanções.
Washington é parte de uma “campanha internacional de intimidação”, algo que o governo venezuelano já havia denunciado em outras ocasiões. O presidente também aproveitou para mobilizar aliados internos, pedindo que a população se mantenha “vigilante contra atos de desestabilização”.
Casa Branca Avalia Novas Medidas de Pressão
No lado americano, autoridades próximas a Trump afirmam que o presidente dos EUA estuda novos mecanismos de pressão, que podem envolver restrições econômicas adicionais, isolamento diplomático e eventual apoio a operações de interceptação no Caribe, sob justificativa de combate ao narcotráfico.
Segundo fontes diplomáticas, Trump considera que Maduro “desafiou diretamente a posição dos Estados Unidos”, e o tema passou a ser tratado como prioridade na agenda de segurança.
Região Observa Escalada com Preocupação
A crise se desenrola em um momento de forte instabilidade regional. Países vizinhos temem que uma escalada militar ou bloqueios fronteiriços piorem a já grave situação migratória.
Especialistas apontam que qualquer ação mais agressiva dos EUA pode criar efeitos colaterais diretos sobre Colômbia, Brasil e Caribe, tanto econômicos quanto humanitários.
Organismos multilaterais defendem que a solução continue sendo diplomática, mas reconhecem que a comunicação entre Caracas e Washington está praticamente estagnada.
Internamente, Maduro Ganha Tempo
Analistas afirmam que ao ignorar o ultimato, Maduro ganha tempo, evita demonstrar fraqueza e reforça apoio entre alas do governo e das Forças Armadas.
A ação também pode ser interpretada como parte de um cálculo político: mostrar que não cede à pressão dos EUA ajuda o presidente a manter sua base mais radical mobilizada.
Ao mesmo tempo, a economia venezuelana segue enfrentando dificuldades, e o endurecimento de sanções americanas tende a agravar inflação, desabastecimento e perda de receitas.





