O Carrefour (CRFB3), proprietário das marcas Atacadão, Sam’s Club e sua bandeira homônima, registrou um lucro líquido de R$ 39 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 113 milhões do mesmo período do ano anterior.

Essa melhoria, em parte, está correlacionada com o aumento das vendas brutas e da receita total, que apresentaram crescimento de 2,5% e 2,2%, respectivamente, atingindo R$ 27,7 bilhões e R$ 26,3 bilhões.

O Atacadão, principal ramo de negócios do grupo, alcançou vendas de R$ 19,3 bilhões, impulsionadas pelo aumento das vendas em lojas já estabelecidas, que cresceram 1,8% no ano, e pela expansão da marca, com a abertura de 20 novas unidades nos últimos 12 meses.

“Nosso desempenho de vendas no trimestre refletiu uma melhora na dinâmica de volume, especialmente no segmento B2B (vendas para outras empresas), cujo volume se recuperou em um contexto inflacionário mais estável. O tráfego de clientes B2C (vendas para consumidores finais) em nossas lojas também aumentou, beneficiando-se da oferta de serviços direcionados a esse público”, afirmou o Carrefour.

O lucro bruto do Atacadão também avançou, atingindo R$ 2,7 bilhões, um aumento de 9,9% em relação ao ano anterior, com a margem bruta subindo 0,6 ponto percentual, para 16%.

Apesar do aumento de 2,1% nas despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), o Ebitda do Atacadão registrou um aumento de 23,3%, alcançando R$ 1,1 bilhão.

O Sam’s Club também viu seu Ebitda crescer 52,4%, totalizando R$ 79 milhões, graças aos esforços para atrair novos clientes. No entanto, a bandeira Carrefour teve um recuo de 5,1%, para R$ 136 milhões, devido à conversão de unidades.

Outro destaque do primeiro trimestre foi o Banco Carrefour, que registrou um lucro líquido de R$ 112 milhões, em comparação com R$ 3 milhões no ano anterior. O faturamento e a carteira de crédito da empresa cresceram, enquanto a inadimplência vem diminuindo desde o segundo trimestre de 2022, quando políticas de crédito mais rigorosas foram implementadas.

O resultado financeiro do Carrefour foi negativo em R$ 700 milhões, ante um prejuízo de R$ 756 milhões no primeiro trimestre de 2023, principalmente devido à redução da alavancagem financeira líquida e ao impacto da reversão de provisões.

A dívida líquida da varejista fechou março em R$ 13,5 bilhões, abaixo dos R$ 15,6 bilhões do mesmo período de 2023. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, caiu de 2,44 para 2,24.