Cúpula do G7 no Canadá – Entre os dias 16 e 17 de junho de 2025, os líderes das sete maiores economias do mundo se reuniram no Canadá para discutir os desafios mais urgentes do cenário internacional. A 51ª edição da Cúpula do G7, realizada em Kananaskis, na província de Alberta, foi marcada por discussões tensas, principalmente em função da crise no Oriente Médio, da guerra entre Rússia e Ucrânia e das tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos.

A participação do presidente norte-americano Donald Trump foi, mais uma vez, um dos principais pontos de atenção do encontro. Suas declarações diretas e, muitas vezes, controversas, causaram impacto tanto nas negociações quanto na percepção pública sobre o futuro das relações internacionais.
Quais Foram os Principais Temas da Cúpula do G7?
O encontro reuniu os líderes dos seguintes países: Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Japão e Reino Unido. Além disso, participaram como convidados representantes da Ucrânia, Brasil, Índia, México e União Europeia, além de organizações internacionais.
➤ Segurança Global
A crise no Oriente Médio, especialmente o agravamento do conflito entre Israel e Irã, dominou as conversas. A preocupação era unânime entre os líderes sobre os riscos de uma escalada que pudesse impactar não só a região, mas a estabilidade mundial. A maioria dos países defendeu uma abordagem focada na diplomacia e na busca por cessar-fogo imediato.
➤ Guerra na Ucrânia
O apoio contínuo à Ucrânia diante da invasão russa também foi uma pauta central. As discussões giraram em torno de ampliar ou manter as sanções contra a Rússia e fortalecer o suporte militar e financeiro ao governo ucraniano.
➤ Economia Global e Tarifas Comerciais
O comércio internacional foi um dos temas mais sensíveis. As discussões envolveram as tensões comerciais entre Estados Unidos e Canadá, as tarifas impostas por Trump a produtos canadenses e a necessidade de fortalecer cadeias de suprimento globais, especialmente nas áreas de energia e tecnologia.
As Declarações dos Líderes: Visões Diferentes e Conflitos Diplomáticos
🇨🇦 Mark Carney (Canadá) – Anfitrião
O primeiro-ministro canadense abriu a cúpula ressaltando a necessidade de fortalecer o multilateralismo e encontrar soluções conjuntas para as crises atuais. Carney destacou que o Canadá defende uma economia mais justa, sustentável e resiliente. Também fez questão de rebater, de forma sutil, algumas provocações anteriores de Donald Trump sobre anexação de território canadense, afirmando que “o Canadá não está à venda”.
🇫🇷 Emmanuel Macron (França)
Macron defendeu uma posição firme na questão da guerra na Ucrânia e reforçou a importância das sanções contra a Rússia. Sobre o Oriente Médio, fez um apelo por negociações e cessar-fogo imediato, buscando evitar uma catástrofe humanitária.
🇩🇪 Friedrich Merz (Alemanha)
O chanceler alemão se posicionou contra qualquer possibilidade de reintegrar a Rússia ao grupo e defendeu que o G7 mantenha uma postura rígida frente às violações internacionais. Merz também destacou que a Alemanha está comprometida com a aceleração da transição energética.
🇬🇧 Keir Starmer (Reino Unido)
O primeiro-ministro britânico destacou a importância de reforçar os laços comerciais com os países do G7 e outros aliados. Starmer celebrou acordos bilaterais firmados durante o encontro, especialmente com os EUA e Canadá.
Donald Trump: O Protagonista Polêmico da Cúpula
Como já era esperado, Donald Trump roubou a cena durante a cúpula. Suas falas foram, no mínimo, controversas, e suas ações, bastante simbólicas.
🔸 Saída Antecipada
Trump deixou a reunião antes do encerramento oficial, alegando que precisava tratar de assuntos urgentes relacionados à escalada do conflito entre Israel e Irã. A saída causou mal-estar entre os líderes, que interpretaram o gesto como uma demonstração de desprezo pela diplomacia multilateral.
🔸 Declarações Sobre o Oriente Médio
Em seu discurso, Trump foi categórico ao afirmar que “Teerã deve se preparar, porque os Estados Unidos apoiarão Israel sem hesitação”. Ele pediu que os cidadãos iranianos evacuem a capital o mais rápido possível, indicando que medidas militares poderiam ser tomadas caso o Irã não recuasse.

Trump também deixou claro que, para ele, Israel tem o direito absoluto à autodefesa e que “os Estados Unidos estarão ao lado de seus aliados, independentemente da opinião de outros países”.
🔸 Críticas às Sanções Contra a Rússia
Na contramão dos aliados europeus, Trump se mostrou contrário ao endurecimento das sanções contra a Rússia. Segundo ele, as sanções acabam prejudicando mais as economias do G7 do que a própria Rússia. Em suas palavras: “A economia americana não deve ser sacrificada por guerras que não começamos”.
🔸 Proposta Polêmica: Reintegração da Rússia e Inclusão da China
Trump surpreendeu os líderes ao sugerir que a Rússia deveria ser reintegrada ao grupo, que antes era o G8, e que a China também poderia ser convidada para futuras discussões. A proposta foi imediatamente rejeitada pela maioria, especialmente por Alemanha, França e Canadá.
🔸 Tensões Comerciais com o Canadá
Apesar das tensões prévias, Trump manteve um tom relativamente conciliador com o primeiro-ministro canadense. Ambos anunciaram a intenção de reabrir negociações sobre o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que estava sob risco devido às tarifas impostas unilateralmente pelos EUA.
Conclusão: A Cúpula do G7 Mais Dividida dos Últimos Anos
A reunião no Canadá expôs as fraturas internas do G7, especialmente no que se refere às abordagens sobre segurança, economia e diplomacia internacional. As declarações de Donald Trump reforçaram sua postura nacionalista, unilateral e, muitas vezes, contrária ao espírito de cooperação multilateral que historicamente guiou o G7.
Ainda assim, o encontro gerou alguns avanços, como acordos bilaterais entre países e uma maior clareza sobre os desafios que as democracias ocidentais enfrentarão nos próximos meses, especialmente no Oriente Médio e na Europa.
A saída antecipada de Trump e sua recusa em assinar o comunicado conjunto da maneira tradicional são reflexos de um novo tempo na política internacional: mais polarizado, mais imprevisível e, sem dúvida, mais desafiador.
Atualizado; Celso Teixeira
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