Daniel Noboa fez história ao se tornar o presidente eleito mais jovem do Equador.
O empresário milionário Daniel Noboa, com 35 anos, conquistou a vitória no segundo turno das eleições presidenciais do Equador neste domingo (15), tornando-se assim o presidente eleito mais jovem na história do país, que enfrenta desafios significativos devido à violência associada ao narcotráfico
A chefe da autoridade eleitoral, Diana Atamaint, anunciou que, com mais de 90% das atas válidas em nível nacional, os dados que foram considerados irreversíveis no Conselho Nacional Eleitoral indicam virtualmente Daniel Noboa como o presidente do Equador.
Narcotráfico
O Equador encerrou uma campanha eleitoral na quinta-feira (12) que foi marcada por episódios de violência, resultando na trágica perda de oito políticos no último ano, incluindo um prefeito, dois vereadores, um candidato a deputado e um líder local associado ao correísmo.
O clima de apreensão aumentou consideravelmente durante o desfecho da campanha, agravado pelos assassinatos do candidato Fernando Villavicencio em 9 de agosto, bem como de sete prisioneiros envolvidos no crime.
Tanto Noboa quanto González participaram de eventos eleitorais sob a proteção de robustos esquemas de segurança e coletes à prova de balas. Os jornalistas encarregados de cobrir as eleições também tiveram que se deslocar protegidos, muitas vezes em veículos blindados, em meio a um estado de exceção.
O novo presidente assumirá o cargo em dezembro, preenchendo o mandato inacabado de Lasso, e permanecerá no cargo até maio de 2025. A legislação permite que ele se candidate nas eleições subsequentes (2025-2029) e até mesmo se reeleja (2029-2033).
Em uma nação em que a reeleição é permitida apenas uma vez, surge uma rara oportunidade de prolongar o mandato, algo que terá um impacto significativo no estilo de governo subsequente, explicam os especialistas.
O vencedor “passará a maior parte do tempo em campanha, ou seja, se dedicará a se promover para alcançar 2025, e isso levanta diversos desafios em termos de governabilidade, bem como em relação às expectativas da população”, observou Medina.