A marca que supera os registros de 2022, poderá ser confirmada no boletim epidemiológico da próxima semana.
O Distrito Federal (DF) está prestes a ou já pode ter ultrapassado a marca de 72,6 mil casos de dengue este ano, que é o número total de notificações registradas durante todo o ano de 2022.
A previsão vem de Adriano Oliveira, diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF. A confirmação dessa marca pode ser feita no próximo boletim epidemiológico.
Oliveira explica que os boletins não são atualizados em tempo real, pois dependem das atualizações feitas pelas equipes que estão ocupadas com o atendimento à população.
“Os casos suspeitos de dengue são registrados pelas nossas equipes de assistência dentro do sistema. No entanto, devido à urgência no atendimento, é difícil que esses registros sejam feitos imediatamente.”
O último boletim epidemiológico de Brasília chamou a atenção ao registrar um aumento de 20,4 mil casos em relação ao boletim anterior.
“Isso não significa que todas essas pessoas adoeceram durante a semana. Muitos desses casos foram atendidos em janeiro, mas os dados foram inseridos no sistema posteriormente”, explica Adriano Oliveira.
De acordo com o Ministério da Saúde, até quarta-feira (14), Brasília já tinha registrado 67.897 casos prováveis desde o início do ano – desses, 66.361 são residentes na cidade e 1.536 são de outras Unidades da Federação, mas foram atendidos na rede pública do DF.
O aumento nos casos de dengue no Distrito Federal surpreende os moradores, uma vez que estão acostumados a ouvir sobre os excelentes indicadores de saneamento em Brasília, como o acesso quase universal à água encanada (99% da população urbana), taxas elevadas de atendimento de esgoto (91,77%) e tratamento de esgoto (86,65%), além de uma alta taxa de coleta de lixo domiciliar (92,4%).

NOVOS INDICADORES
Esses indicadores de saneamento costumam sugerir um ambiente menos propenso à proliferação de doenças transmitidas por vetores, como a dengue. No entanto, é importante ressaltar que a dengue pode se proliferar mesmo em áreas com boa infraestrutura sanitária, pois a transmissão está fortemente ligada a fatores como clima, comportamento humano e medidas de controle de vetores.
Assim, mesmo em locais com ótimos indicadores de saneamento, a dengue pode persistir devido a uma série de outros fatores, incluindo o acúmulo de água em recipientes descartados incorretamente, como pneus, vasos de plantas e recipientes de água parada, que proporcionam locais ideais para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades de saúde continuem a promover medidas de controle vetorial, como campanhas de conscientização da população, eliminação de criadouros do mosquito e monitoramento dos casos de dengue, além de investir em pesquisa e desenvolvimento de novas estratégias de combate à doença.
Além disso, é essencial que a população também desempenhe um papel ativo na prevenção da dengue, adotando medidas simples, como:
- Eliminar recipientes que possam acumular água parada em suas casas, como vasos de plantas, pneus velhos, garrafas vazias e recipientes de água.
- Manter caixas d’água, piscinas e outros reservatórios de água devidamente tampados.
- Limpar regularmente calhas e ralos para evitar o acúmulo de água.
- Utilizar repelentes e roupas que protejam contra picadas de mosquitos, principalmente durante o amanhecer e o anoitecer.
- Colocar telas em portas e janelas para impedir a entrada de mosquitos em casa.
- Buscar assistência médica ao apresentar sintomas de dengue, como febre alta, dores no corpo e dor de cabeça intensa, para um diagnóstico e tratamento adequados.
Essas medidas, quando combinadas com os esforços das autoridades de saúde, podem contribuir significativamente para reduzir a incidência da dengue e proteger a saúde da população.
Fonte: AgênciaBrasil
Edição e Publicação; Celso Teixeira
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