Dólar recua e Bolsa reage, mesmo com cenário global instável

Dólar recua
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Nesta quinta-feira (13/3), o mercado financeiro brasileiro mostrou resiliência diante de um cenário internacional turbulento. O dólar registrou leve queda de 0,11%, fechando a R$ 5,80, enquanto o Ibovespa subiu 1,43%, alcançando 125.637 pontos. O desempenho positivo da Bolsa foi impulsionado principalmente por ações do setor financeiro, de commodities e da siderurgia.

Mercados globais em alerta com nova ameaça comercial

O cenário internacional foi marcado por maior aversão ao risco após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor uma tarifa de 200% sobre bebidas alcoólicas da União Europeia. A declaração elevou os temores sobre uma nova rodada de protecionismo, impactando diretamente os mercados. Como reflexo, os principais índices de Wall Street fecharam no vermelho:

  • Dow Jones: -1,14%
  • S&P 500: -1,15%
  • Nasdaq: -1,59%

Além disso, o índice VIX, conhecido como o “índice do medo”, subiu, sinalizando maior volatilidade nos mercados financeiros.

Busca por ativos seguros impulsiona ouro e Treasuries

Com a incerteza dominando o mercado global, investidores buscaram ativos de proteção. O ouro se aproximou de sua máxima histórica, negociado próximo a US$ 3.000 por onça, enquanto os rendimentos dos títulos do Tesouro americano recuaram, refletindo a forte procura por segurança.

Brasil na contramão: Ibovespa impulsionado por setor financeiro e siderurgia

Apesar do pessimismo global, o mercado brasileiro seguiu trajetória oposta. Segundo João Vitor Saccardo, da Convexa Investimentos, a alta do Ibovespa foi puxada por um forte fluxo comprador em bancos, commodities e siderurgia. O destaque foi a CSN, que saltou 12% após divulgar um Ebitda de R$ 3,3 bilhões, superando as expectativas do mercado.

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Real se mantém estável frente ao dólar, apesar da alta global

O desempenho da moeda brasileira também chamou atenção. Enquanto o índice DXY – que mede a força do dólar frente a outras moedas fortes – subiu 0,24%, o real mostrou resiliência e se manteve estável. Para analistas, isso pode indicar um maior fluxo de capital para mercados emergentes, à medida que investidores buscam novas oportunidades fora dos Estados Unidos.

O que esperar para os próximos dias?

Mesmo com um cenário global desafiador, o desempenho positivo da Bolsa brasileira e a estabilidade do real sugerem uma mudança de percepção entre investidores. O Brasil pode estar se tornando um destino mais atrativo para o capital estrangeiro, especialmente diante das incertezas que rondam os mercados desenvolvidos.

A influência do cenário internacional

O comportamento do dólar no Brasil está diretamente ligado às movimentações do mercado externo. Nos últimos meses, fatores como a política de juros nos Estados Unidos e a incerteza em torno de uma possível recessão global vêm impactando a moeda. O Federal Reserve (Fed), banco central americano, sinalizou uma postura mais cautelosa, evitando novos aumentos de juros no curto prazo. Isso reduz a atratividade dos títulos públicos dos EUA, diminuindo a pressão de alta sobre o dólar.

Outro fator que influencia a moeda é a guerra comercial entre Estados Unidos, Europa e China. A possibilidade de novas tarifas e sanções afeta o comércio global, alterando a demanda por dólar como ativo de segurança. Além disso, a crise no Oriente Médio e os recentes conflitos na Ucrânia têm reforçado a volatilidade no mercado cambial.

O real e o fluxo de investimentos

O real é uma das moedas emergentes mais voláteis do mundo, sendo fortemente impactado pelo apetite de risco dos investidores estrangeiros. Quando há maior incerteza no mercado global, o fluxo de capital tende a se direcionar para ativos considerados mais seguros, como o dólar e os títulos do Tesouro americano. No entanto, quando a percepção de risco diminui, investidores buscam mercados emergentes em busca de retornos mais elevados, fortalecendo o real.

Atualmente, analistas apontam que a estabilidade do dólar no Brasil pode indicar um possível ciclo de valorização do real, caso o fluxo de investimentos externos se intensifique. A melhora do ambiente fiscal e uma política monetária mais estável podem reforçar essa tendência.

Perspectivas para o dólar no Brasil

Para os próximos meses, o comportamento do dólar dependerá da evolução da economia global e das políticas adotadas pelo governo brasileiro. Caso o Banco Central continue a reduzir os juros e o país mantenha um cenário de crescimento sustentável, a moeda americana pode se manter em um patamar mais estável ou até mesmo registrar quedas graduais.

Por outro lado, novos choques externos, como uma piora nas relações comerciais globais ou um aumento inesperado nos juros dos EUA, podem pressionar o dólar para cima. Assim, o investidor deve ficar atento aos desdobramentos do mercado internacional para entender melhor as oscilações da moeda.

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