Donald Trump e o Nobel da Paz: Nos últimos meses, o mundo assistiu a uma transformação histórica no Oriente Médio. Após décadas de conflitos armados, atentados e impasses diplomáticos, Israel e o grupo Hamas — conhecido por seu histórico de ataques e hostilidades — chegaram a um acordo que parecia impossível há apenas alguns anos. A libertação de todos os reféns vivos e a entrega dos corpos daqueles que foram mortos durante os confrontos marcam um momento de virada para a região.

No centro dessa mudança está o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, figura que, apesar de gerar divisões na política internacional, vem sendo apontada como um dos principais responsáveis por abrir caminho para essa nova fase de paz. Seus esforços durante e após sua administração têm sido reconhecidos por líderes e analistas, que defendem que Trump merece o Prêmio Nobel da Paz pelo papel desempenhado nesse novo acordo histórico.
O acordo entre Israel e Hamas: um marco histórico
O entendimento entre Israel e o Hamas é considerado um dos maiores avanços diplomáticos do século XXI no Oriente Médio. O acordo, mediado com forte influência norte-americana, estabelece uma trégua duradoura entre as partes, prevendo o fim das hostilidades, a reconstrução de áreas destruídas em Gaza, e a criação de uma zona de cooperação humanitária sob supervisão internacional.
O ponto mais simbólico desse acordo, porém, foi a decisão do Hamas de libertar todos os reféns que ainda estavam em seu poder, incluindo civis israelenses e estrangeiros. A organização também entregou os corpos dos reféns mortos durante os confrontos, em um gesto que, embora tardio, foi interpretado como um passo significativo rumo à reconciliação e à reconstrução da confiança entre os povos.
Líderes mundiais e organizações humanitárias reconheceram o avanço como um momento de esperança. Analistas destacam que essa trégua não teria sido possível sem o trabalho diplomático iniciado ainda durante o governo Trump, que desde 2017 vinha investindo em acordos de normalização entre Israel e países árabes, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão — os chamados “Acordos de Abraão”.
O legado dos Acordos de Abraão
Para entender o impacto atual, é preciso voltar a 2020, quando Donald Trump conseguiu o que muitos governos anteriores fracassaram em fazer: aproximar Israel de seus vizinhos árabes. Os Acordos de Abraão, assinados em Washington, abriram relações diplomáticas, comerciais e culturais entre países que, até então, viviam em tensão constante com o Estado de Israel.
Esses acordos criaram um precedente sem igual. Pela primeira vez em décadas, líderes árabes e israelenses compartilharam a mesa de negociações sem intermediários europeus ou imposições da ONU. O modelo de diplomacia direta defendido por Trump — baseada em interesses mútuos e benefícios econômicos — mostrou resultados rápidos, com investimentos bilionários e cooperação em segurança, turismo e tecnologia.
Com essa base de confiança e diálogo, foi possível agora dar um passo ainda mais ousado: trazer o Hamas para uma mesa de negociações que visava à paz real e duradoura. Ainda que o grupo mantenha sua ideologia radical, o isolamento diplomático e as sanções financeiras impostas após 2021 o levaram a buscar uma solução que garantisse sua sobrevivência política e, ao mesmo tempo, a segurança da população de Gaza.
O papel de Trump nas negociações mais recentes
Mesmo fora da Casa Branca, Donald Trump continuou a desempenhar influência significativa no cenário internacional. Fontes diplomáticas apontam que seus contatos pessoais com líderes israelenses e árabes ajudaram a abrir os canais de comunicação necessários para que o novo acordo fosse possível.
Relatórios recentes indicam que, em várias ocasiões, Trump intermediou conversas informais entre representantes de países do Golfo Pérsico e de Israel, incentivando a retomada das negociações. Ele também teria mantido contato com mediadores egípcios e jordanianos, que desempenharam papel central na aproximação entre Israel e o Hamas.
Além disso, o ex-presidente defende publicamente que a paz no Oriente Médio só é possível quando todos os lados sentam à mesa com sinceridade, sem imposições externas. Essa visão pragmática de diplomacia direta, criticada por alguns setores da política americana, mostrou-se eficaz no caso atual.