O IBGE confirmou nesta terça-feira (30) que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, mantendo o menor patamar da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. O resultado reforça o cenário de aquecimento econômico e mostra que cada vez mais brasileiros estão conquistando emprego formal e renda.
Brasil tem mais de 102 milhões de trabalhadores ocupados
De acordo com os dados, o país alcançou 102,4 milhões de pessoas ocupadas. O setor privado bateu recorde no número de trabalhadores com carteira assinada: 39,1 milhões, um crescimento de 3,3% em relação a 2024.
Outro dado histórico foi a redução do número de desocupados para 6,1 milhões de pessoas, o menor já registrado. Em apenas um ano, 1 milhão de brasileiros deixaram a fila do desemprego.
Renda do trabalhador cresce e consumo se fortalece
O levantamento mostrou também que o rendimento médio real subiu para R$ 3.488, alta de 3,3% em comparação ao ano anterior.
A massa de rendimento total atingiu R$ 352,6 bilhões, representando aumento de 5,4% em 12 meses.
Segundo William Kratochwill, analista do IBGE, o mercado mais aquecido gera efeitos positivos diretos:
“Com menos mão de obra disponível, as empresas oferecem melhores condições de contratação, como a carteira assinada e benefícios mais atrativos”.
Setores que puxaram a geração de empregos
A pesquisa destacou áreas que tiveram papel decisivo na criação de vagas:
- Educação pública, especialmente no ensino fundamental e pré-escolar;
- Agricultura, com impulso da safra de café nas regiões Nordeste e Sudeste;
- Construção civil e serviços sociais, com forte expansão;
- Transporte e armazenagem, que cresceram 5,5% em contratações.
Desalento cai e subutilização atinge mínima
O número de desalentados – pessoas que desistiram de procurar trabalho – caiu para 2,7 milhões, o menor desde 2016.
A taxa de subutilização (que inclui subempregados e quem gostaria de trabalhar mais horas) também recuou para 14,1%, outro mínimo histórico.
Informalidade ainda preocupa
Apesar dos avanços, a informalidade subiu levemente para 38%, contra 37,8% no trimestre anterior. O aumento foi puxado por trabalhadores por conta própria sem CNPJ.
Já os serviços domésticos foram a única atividade em queda, recuando 3% no trimestre e 3,2% em relação a 2024. Para os analistas, isso pode indicar uma migração de trabalhadores para oportunidades mais formais e com rendimentos maiores.
Mercado de trabalho vive fase de prosperidade
O resultado da Pnad Contínua mostra que o Brasil está em um ciclo de recuperação do emprego formal e da renda.
Nunca tantos brasileiros estiveram empregados com carteira assinada, e a melhora do poder de compra se reflete diretamente na qualidade de vida.
O atual retrato do mercado de trabalho brasileiro é de prosperidade, inclusão e oportunidades reais para milhões de famílias.
Fonte: Agência Brasil