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Investidoras em renda variável passam de 1 milhão e cresce participação de jovens, diz B3

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O interesse crescente das mulheres por ativos mais arriscados tem impulsionado o número de investidoras em renda variável, atingindo 1,3 milhão no ano passado, conforme divulgado pela B3 nesta sexta-feira (8). Embora ainda inferior ao número de investidores masculinos em renda variável, que chegou a 3,7 milhões em 2023, a diferença tem diminuído ao longo dos anos.

Nos últimos anos, observou-se um aumento significativo da presença feminina em produtos de maior risco, com o número de investidoras em renda variável crescendo de pouco mais de 165 mil para mais de 1,3 milhão em 2023, representando um aumento de 658%. Esse número também supera o de investidoras no Tesouro Direto, que alcançou 903,6 mil em 2023, subindo de 251 mil em 2018, uma alta de 260% em cinco anos.

Além disso, houve mudanças no valor do primeiro investimento em renda variável ao longo dos anos, diminuindo de mais de R$ 3 mil em 2018 para R$ 167 em 2023. Esse valor é mais que o dobro do investido por homens na primeira aplicação, que foi de R$ 62 no ano passado. Christianne Bariquelli, superintendente de educação da B3, atribui essa queda no valor ao longo dos anos à democratização dos investimentos.

O saldo médio das novas investidoras no ano em que começam a investir em renda variável foi de R$ 26 mil em 2023, significativamente superior aos R$ 9,8 mil vistos no caso dos homens. Bariquelli observa que as mulheres dedicam mais tempo para aprender e economizar, preparando-se para fazer esses investimentos em renda variável.

Entre os produtos preferidos pelas mulheres estão as ações, com quase 952 mil mulheres alocando nesse tipo de ativo em 2023, seguidas pelo Tesouro Direto, com cerca de 904 mil investidoras. O número de investidoras detentoras de fundos imobiliários (FIIs) ficou próximo de 642 mil no ano passado. Esses dados consideram os CPFs das investidoras.

O crescimento no interesse das mulheres por investimentos em renda variável reflete uma mudança significativa nas tendências de investimento e na participação das mulheres nos mercados financeiros. Esse aumento pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo uma maior conscientização sobre investimentos, acesso a informações e educação financeira, bem como uma busca por diversificação de portfólio e melhores retornos financeiros.

A tendência de as mulheres dedicarem mais tempo para aprender e se preparar para investir em renda variável também é indicativa de uma maior confiança e capacidade de tomar decisões financeiras informadas. Essa mudança cultural e comportamental está contribuindo para uma maior inclusão das mulheres no mundo dos investimentos e para a redução das disparidades de gênero nesse campo.

O aumento da participação feminina nos mercados financeiros é uma tendência positiva que promove a igualdade de oportunidades e contribui para o fortalecimento da economia como um todo. Com um maior número de mulheres participando ativamente do mercado de capitais, isso também pode levar a uma maior diversidade de perspectivas e estratégias de investimento, beneficiando a sociedade como um todo.

De olho nos FIIs

Um ponto notável no estudo é o crescimento significativo dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) entre as mulheres no ano passado, com um aumento de 19,13% em comparação com o ano anterior, seguido pelo Tesouro Direto, que registrou um incremento de 11,18% ano após ano.

A especialista da B3 destaca que uma característica distintiva desses produtos (FIIs e Tesouro Direto) é que a investidora tem conhecimento prévio da renda que receberá ao investir. Os FIIs oferecem a previsibilidade de pagamento de dividendos, apesar da variação no valor da cota. Da mesma forma, no Tesouro Direto, é possível calcular o rendimento esperado, embora o título sofra oscilações de valor ao longo do tempo.

Essa previsibilidade de renda é um aspecto atrativo para as investidoras, fornecendo uma maior segurança e confiança em seus investimentos. A capacidade de entender e antecipar os retornos financeiros desses produtos pode ser um fator determinante na escolha das mulheres em direcionar seus investimentos para FIIs e Tesouro Direto. Essa tendência também reflete a busca por opções de investimento que ofereçam uma combinação de estabilidade e potencial de retorno, alinhadas com seus objetivos financeiros e estratégias de investimento.

Crescimento entre jovens

Nos últimos cinco anos, houve um aumento significativo na participação de mulheres investidoras com idades entre 18 e 24 anos em renda variável em comparação com outras faixas etárias. Christianne Bariquelli, da B3, atribui esse aumento à disponibilidade de conteúdo educacional em redes sociais e aos saldos de investimento mais baixos nessa faixa etária.

Para Bariquelli, essa faixa etária é caracterizada pelo início da vida profissional e pela obtenção de renda, o que pode resultar em uma menor disponibilidade para investir, mas também em mais incentivos para os jovens começarem a investir.

Apesar desse aumento, a maioria das investidoras de renda variável ainda está na faixa etária entre 25 e 39 anos, representando 46% do total, seguidas pelas mulheres entre 40 e 59 anos, com 34%.

Esse aumento na participação de mulheres investidoras mais jovens reflete uma mudança nas tendências de investimento e uma maior conscientização financeira entre os jovens adultos. A disponibilidade de recursos educacionais acessíveis, especialmente nas redes sociais, tem desempenhado um papel fundamental em capacitar essa faixa etária a tomar decisões financeiras informadas e a iniciar sua jornada de investimento mais cedo na vida.

Embora essas investidoras mais jovens possam ter saldos de investimento iniciais mais baixos e enfrentar limitações financeiras iniciais, o aumento de sua participação no mercado de renda variável sugere um interesse crescente em criar uma base financeira sólida desde cedo e aproveitar os benefícios do investimento a longo prazo. Essa tendência é um indicador positivo do crescimento da cultura de investimento entre as mulheres jovens e do seu desejo de alcançar independência financeira e segurança no futuro.

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Edição e Publicação; Celso Teixeira

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Diego Carvalho

Diego Carvalho é um blogueiro dedicado às áreas financeira e global, conhecido por seu conteúdo claro, informativo e acessível. Com uma visão apurada do mercado, compartilha insights sobre investimentos, gestão financeira e tendências econômicas mundiais. Sua trajetória é marcada pelo compromisso de transformar assuntos complexos em informações práticas e úteis para seus leitores, ajudando tanto iniciantes quanto investidores experientes a alcançarem seus objetivos financeiros. Por meio de artigos envolventes e educativos, ele constrói uma comunidade de leitores engajada, focada em prosperidade e conhecimento.

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