Os brasileiros, que faziam parte da flotilha Global Sumud, foram liberados após dias sob custódia em centros de detenção israelenses; grupo retorna à Europa antes de seguir viagem ao Brasil.
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta terça-feira (7) a libertação dos brasileiros que estavam detidos em Israel desde a interceptação da flotilha humanitária Global Sumud, que tentava levar ajuda à Faixa de Gaza. Segundo o Itamaraty, todos passam bem e já iniciaram o retorno à Europa, onde receberão apoio consular antes de regressar ao Brasil.
Os integrantes do grupo
Os integrantes do grupo haviam sido presos pela Marinha israelense no final de setembro, quando a flotilha :
— composta por mais de 40 embarcações civis e cerca de 450 ativistas internacionais
— foi interceptada a caminho do enclave palestino. Entre os detidos estavam cidadãos de diversas nacionalidades, incluindo parlamentares, jornalistas e defensores de direitos humanos.
A nota divulgada pelo Itamaraty destaca que as autoridades brasileiras acompanharam o caso desde o primeiro momento e realizaram gestões diplomáticas junto ao governo israelense para garantir a integridade física e a libertação dos detidos. “O Brasil reafirma seu compromisso com a proteção de seus nacionais no exterior e com a defesa do direito internacional humanitário”, diz o comunicado.
A flotilha Global
A flotilha Global Sumud buscava chamar atenção para a crise humanitária na Faixa de Gaza, bloqueada por Israel desde 2007. O governo israelense classificou a iniciativa como “violação do bloqueio marítimo” e justificou a detenção dos ativistas por razões de segurança.
Com a libertação dos brasileiros, o Itamaraty informou que continuará monitorando a situação dos demais estrangeiros e reiterou o apelo por soluções diplomáticas para a crise humanitária em Gaza.