A Justiça da Itália enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma série de perguntas sobre a estrutura penitenciária do Brasil. O pedido faz parte do processo de extradição de Carla Zambelli, detida em Roma desde julho de 2025.
O que a Itália quer saber
Perguntas sobre destino e segurança no cárcere
As autoridades italianas demandam informações sobre o presídio onde Zambelli cumpriria pena caso a extradição seja aprovada. Questionam a capacidade das penitenciárias femininas, a existência de relatos de violência ou intimidação contra detentas e a atuação da polícia penal para garantir a ordem.
Prazo para resposta e suspensão temporária do julgamento
O ministro Moraes tem até 14 de dezembro para responder aos questionamentos. Enquanto isso, a Itália suspendeu o julgamento da extradição. A próxima audiência está prevista para 18 de dezembro.
Contexto do processo
Condenação e fuga internacional
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão — entre outras penalidades — por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes da prisão ser decretada, ela deixou o país e foi detida em Roma, por ter dupla cidadania.
Pedido de extradição e trânsito legal
Em junho de 2025, o STF formalizou o pedido de extradição. A defesa da deputada tenta adiar ou evitar a deportação, citando, entre outros argumentos, possíveis irregularidades no sistema carcerário brasileiro.
O impacto do pedido de informações
A solicitação da Itália revela que, além da condenação judicial, as condições de encarceramento influenciam o destino de um processo de extradição. A resposta do Brasil pode determinar se Zambelli será entregue ou se a extradição será negada com base em proteção aos direitos humanos.
Enquanto isso, o julgamento segue adiado — e as incertezas permanecem tanto para autoridades quanto para os envolvidos no caso.
Fontes: Agência Brasil, Diário do Poder, Jornal de Brasília.





