O Papa Francisco solicitou nesta quarta-feira (22) para que a “mentalidade machista” seja superada na Igreja e que as freiras assumam mais cargos de responsabilidade.
Em um encontro marcado com representantes da fundação americana Conrad Hilton, dedicada ao combate à pobreza, o pontífice destacou que “a missão das irmãs é servir aos mais desfavorecidos, e não atuar como empregadas de ninguém”.
“Frequentemente se denuncia que não há freiras suficientes em cargos de responsabilidade, nas dioceses, na Cúria e nas universidades, e isso é verdade. Investiu-se pouco nisso, muito menos do que na formação do clero”, afirmou o papa, lembrando que “desde o dia do Jardim do Éden, quem manda são elas”.
No domingo, o Papa Francisco anunciou que Raffaella Petrini assumirá, a partir de março, a direção do Governo do Estado da Cidade do Vaticano, órgão responsável pelas funções administrativas da Santa Sé.
Neste mês de janeiro de 2025, pela primeira vez na história da Igreja, o Papa Francisco nomeou uma freira, Simona Brambilla, para liderar um dos “ministérios” do Vaticano: o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável pelas ordens e congregações religiosas.
Desde sua eleição em 2013, a presença de mulheres em cargos na Santa Sé e na administração do Estado do Vaticano aumentou de 19,2% para 23,4%.
A Igreja tem enfrentado críticas pelo papel das freiras, frequentemente encarregadas de cozinhar e realizar serviços de limpeza para sacerdotes, bispos e cardeais, tanto no Vaticano quanto em outras partes do mundo.