María Corina Machado é oficialmente a laureada do Prêmio Nobel da Paz 2025, mas quem roubou a cena nesta quarta-feira, 10 de dezembro, foi o presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Jørgen Watne Frydnes, ao fazer um apelo direto e inédito ao ditador Nicolás Maduro.
“Nicolás Maduro, o senhor deve aceitar os resultados das eleições de julho de 2024 e renunciar ao cargo imediatamente. Essa é a vontade clara do povo venezuelano.”
O discurso foi recebido com aplausos de pé pelos convidados, entre eles os presidentes Javier Milei (Argentina) e Daniel Noboa (Equador), além de dezenas de líderes democráticos e ativistas exilados.
Filha de María Corina recebe o prêmio em nome da mãe
Por razões de segurança, María Corina Machado não conseguiu estar presente no momento exato da entrega. Sua filha, Ana Corina Sosa Machado, subiu ao palco visivelmente emocionada para receber a medalha e o diploma. Em mensagem gravada, a líder opositora afirmou:
“Este Nobel não é meu, é do povo venezuelano que resiste de pé diante da tirania.”
Horas depois, María Corina confirmou nas redes que está a caminho de Oslo e deve chegar ainda nesta quarta-feira para o jantar oficial com o rei Harald V da Noruega.
Por que o Nobel de 2025 escolheu María Corina
O Comitê destacou três pilares da luta da venezuelana:
- Unificação inédita da oposição após décadas de divisão
- Resistência 100% pacífica mesmo diante de perseguição, prisão e exílio forçado
- Exposição internacional da fraude eleitoral de 2024 com provas irrefutáveis das atas
Repercussão imediata nas redes e na política global
Em menos de duas horas, as hashtags #MaduroRenuncie e #NobelDaPaz2025 alcançaram o topo dos trending topics mundiais no X (ex-Twitter). Líderes como Donald Trump, Luiz Inácio Lula da Silva (que manteve silêncio até o momento) e Ursula von der Leyen já se pronunciaram – alguns em apoio, outros com críticas à “politização” do prêmio.
O que acontece agora com Nicolás Maduro
Comitê Nobel aumenta a pressão diplomática sobre o regime chavista. Países da União Europeia e da OEA discutem novas sanções, enquanto Brasil e Colômbia são cobrados a abandonar a postura de não-interferência.





