O lider global financeiro JPMorgan previu na quinta-feira passada que o Comitê de Política Monetária elevará a taxa básica de juros SELIC em 1 ponto percentual na sua reunião de 10 e 11 de dezembro apostou mais na sua projeção da Selic no fim do ciclo de alta de 13% para 14,25%, tendo diagnostificado um conflito entre a política fiscal e a política monetária após o anúncio do pacote fiscal do governo brasileiro, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A instituição afirmou “em recuperar credibilidade da política econômica”, trazando a tona uma depreciação do câmbio e uma pessíma expectativa de inflação que devem elevar as pressões sobre os preços, com isso fazendo que o BC suba os juros em um ritmo mais acentuado.
“Vemos agora o Banco Central aumentando os juros em 1 ponto percentual na próxima reunião, levando a uma taxa terminal de 14,25%, de 13% antes”, informou o JPMorgan em nota assinada pelos economistas Cassiana Fernandez, Vinicius Moreira e Mirella Mirandola Sampaio.
Apesar do elevado grau de incerteza sobre a evolução da política monetária no curto prazo, uma abordagem monetária mais gradual neste momento poderia reforçar a deterioração das expectativas de inflação num contexto de riscos internos e externos.
No início do mês de Novembro/2024, após o Copom elevar os juros em 0,50 ponto percentual para 11,25%, JPMorgan havia previsto que o Banco Central iria manter um ritmo de altas de 0,50 ponto percentual até março/2025.
Avaliou ainda que após o anúncio do pacote de corte de gastos deve ficar bem abaixo das estimativas “otimistas” do governo Lula, chegando a um ecomomia de 15 bilhões de reais em 2025, ante projeções de 30,6 bilhões de reais da área econômica.
“Embora esta combinação de projetos proposta facilite o processo de execução orçamentária, na nossa opinião, falta um ajuste mais estrutural que reduza significativamente o déficit fiscal e melhore a percepção dos agentes econômicos sobre a sustentabilidade da dívida em relação ao Produto Interno Bruto”, comentou em nota.
Foi destacado a proposta da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até 5 mil reais mensais e o aumento de taxação para quem ganha mais de 50 mil por mês.
“Mesmo sob o pressuposto otimista de que esta reforma é neutra em termos fiscais, não é neutra em termos de demanda, uma vez que aumenta o rendimento disponível de indivíduos com elevada propensão para consumir. Consequentemente, também não é neutra em termos de inflação.” JPMorgan.
O governo sofre a pressão do mercado, de certo irá tentar medidas para que seja superada a nóticias mal vista afim de equilibrar as coisas, outra, Lula parece descontente com o mercado financeiro e já provou isso antes informando que “Nunca vi um mercado tão sensível“. Grifo nosso.