São Paulo – Um dos suspeitos de tentar vender as armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército, localizado em Barueri, na Grande São Paulo, em setembro do ano passado, foi preso nesta sexta-feira (19/7) em Osasco, na região metropolitana.
Altoniel Salvador Almeida, de 47 anos, foi detido por tráfico de drogas na Rua Tabernaculo da Paz, no bairro São Pedro, pela Polícia Civil de Carapicuíba.
Ele já tinha um mandado de prisão decretado pela Justiça por suspeita de participação da venda das armas furtadas no Paraguai.
Altoniel Salvador Almeida foi levado ao 1ºDP de Carapicuíba, onde está à disposição da Justiça.
Furto das armas do Exército
As investigações revelaram que o desvio do armamento de guerra ocorreu entre os dias 5 e 8 de setembro, mas só foi percebido mais de um mês depois, no dia 10 de outubro, durante uma inspeção no quartel.
Foram levadas 13 metralhadoras calibre .50 e de oito metralhadoras calibre 7,62 no quartel em setembro do ano passado.
No total, oito pessoas respondem pelo caso, quatro militares e quatro civis. As denúncias separam os réus que tiveram participação direta daqueles com atuação indireta no furto das armas. Entre os diretamente envolvidos estão os cabos Vagner da Silva Tandu, de 23 anos, e Felipe Ferreira Barbosa, que são amigos. Os dois tiveram a prisão decretada no dia 23 de fevereiro e estão presos em um batalhão do Exército em Osasco.
O inquérito sobre o escândalo no Arsenal de Guerra foi concluído no dia 16 de fevereiro e encaminhado à Justiça Militar, que aceitou as denúncias dias depois.
Militares envolvidos
Desde o início das investigações, o Exército admitiu a possibilidade de envolvimento de militares no caso. Eles teriam atuado no sentido de facilitar a retirada das armas do quartel. Foram 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar aeronaves, e oito calibre 7.62, que perfuram veículos blindados.
Duas armas desaparecidas
Até o momento, 19 metralhadoras foram recuperadas – dez no Rio (em ocorrências diferentes na comunidade Gardênia Azul e na Praia da Reserva, ambas na zona oeste da cidade) e nove em São Roque, no interior paulista. As duas armas que ainda não encontradas são as de calibre .50.
O escândalo provocou a troca no comando do Arsenal. O tenente-coronel Batista foi exonerado em novembro do cargo de diretor e passou a cumprir funções burocráticas na 2ª Região Militar, na sede do Comando Militar do Sudeste, em São Paulo.
Fonte: Metrópoles
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