“A remoção de Kevin McCarthy reavivou as divergências internas na Casa Legislativa quanto à liderança da maioria, levando à consideração do ex-presidente como uma possível alternativa.”
Após a destituição de Kevin McCarthy da Presidência da Câmara dos EUA na terça-feira, a maioria republicana começou imediatamente a coletar indicações para o futuro líder da Casa Legislativa. A agenda legislativa permanecerá estagnada até que uma resolução seja alcançada. Embora nenhum candidato tenha emergido como favorito, um nome que se destacou entre as opções é Donald Trump, que se tornou praticamente um símbolo da sigla (ou pelo menos da sua ala mais radical).
O pré-candidato do Partido Republicano com a maior intenção de votos para a Casa Branca nas eleições de 2024, enfrentando uma série de questões judiciais que ameaçam suas ambições e seu patrimônio, é Donald Trump. Alguns deputados, como Troy Nehls do Texas e Marjorie Taylor Greene da Geórgia, manifestaram apoio à sua possível nomeação como presidente da Casa ainda em 2023. Eles argumentam que o magnata da construção civil é a escolha ideal para unir as diferentes facções do partido em torno de uma candidatura unificada.
Taylor Greene expressou seu apoio a Trump em uma postagem nas redes sociais, afirmando: “O único candidato à presidência da Casa que estou atualmente apoiando é o presidente Donald Trump. Ele se compromete a resolver a crise na Ucrânia, proteger nossa fronteira, acabar com o uso político do governo e restaurar a independência energética dos Estados Unidos, entre outras promessas importantes.”
SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO
Embora a possibilidade possa parecer improvável, de acordo com a Constituição americana, Trump teoricamente poderia ser eleito presidente da Câmara. A posição de House Speaker, equivalente ao presidente da Câmara no Brasil, não é obrigatoriamente ocupada por um membro eleito da Casa Legislativa. Se indicado pelos deputados e obtendo o número mínimo de votos necessários, o ex-presidente poderia assumir o cargo.
No entanto, o processo exato desse cenário é incerto. Ao longo dos mais de 230 anos de história da Câmara dos EUA, a Casa nunca teve um presidente que não fosse um deputado eleito. Não existem precedentes para determinar como seriam os quóruns de votação ou se Trump, como presidente, teria direito a voto.
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Fonte: AgênciaBrasil