O presidente dos EUA endurece discurso sobre conflito em Gaza e reforça que grupo palestino deve entregar armas “voluntariamente ou pela força”
Donald Trump, voltou a adotar um tom contundente em relação ao conflito no Oriente Médio.,Trump declarou que “se eles não se desarmarem, nós os desarmaremos.
E isso acontecerá rapidamente e, talvez, violentamente.” A fala foi direcionada ao grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza e é classificado por Washington como uma organização terrorista.
Segunda fase do plano de paz
Trump chamou de “segunda fase” do plano de paz norte-americano para Gaza, que prevê a reconstrução da região após o cessar-fogo e, sobretudo, o desarmamento completo do Hamas. Segundo o presidente, o grupo teria recebido “todas as oportunidades para entregar as armas voluntariamente”, mas continua resistindo a qualquer proposta de rendição.
“Não podemos permitir que um grupo armado e radical continue a controlar o destino de milhões de pessoas inocentes”, afirmou Trump, em discurso transmitido por emissoras norte-americanas. “O tempo da diplomacia paciente acabou. Se não houver desarmamento, haverá ação.”
Resistência do Hamas
O Hamas, por sua vez, rejeitou a ideia de entregar suas armas. Porta-vozes do movimento afirmaram que o desarmamento “não está em discussão e não é negociável”, acusando Washington de interferência direta nos assuntos palestinos. A liderança do grupo sustenta que manter o armamento é “uma questão de sobrevivência e autodefesa” frente à presença militar israelense.
O governo israelense também pressiona por garantias de segurança antes de permitir o avanço de qualquer plano de reconstrução em Gaza. Nos últimos dias, Israel reduziu pela metade a entrada de ajuda humanitária no território, após o Hamas entregar apenas quatro corpos de reféns israelenses mortos durante os confrontos.
Reações internacionais
A declaração de Trump gerou reações imediatas, o tom de ameaça pode aumentar as tensões regionais e comprometer o processo diplomático mediado por países árabes e pela ONU.
Uma intervenção militar direta, sem aprovação do Conselho de Segurança da ONU, poderia violar normas internacionais e provocar uma nova escalada de violência no Oriente Médio.
Um impasse sem data para acabar
A infraestrutura segue devastada, a população sofre com a escassez de água e energia, e o cessar-fogo permanece frágil
Mesmo diante das críticas, Trump assegurou que “os Estados Unidos não recuarão diante do terrorismo”, reafirmando sua promessa de agir caso o Hamas não se desarme voluntariamente.
“A paz só virá quando o último terrorista estiver desarmado”, concluiu o ex-presidente, deixando no ar a possibilidade de uma nova operação internacional na região.