Imóveis superam a Selic em 2024 e entregam retorno médio de 19% ao ano

Imoveis superam selic
DENGUE 2025
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Em 2024, quem decidiu aplicar seu dinheiro no mercado imobiliário obteve uma rentabilidade média de 19,1% ao ano, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-IBRE), em parceria com o QuintoAndar. Esse retorno superou inclusive a taxa Selic, que se manteve em 14,25% ao ano.

O levantamento considera dois principais componentes: a valorização média dos imóveis, que foi de 12,9%, e o rendimento com aluguel, estimado em 6,2% ao ano. Esses dados reforçam o potencial do imóvel residencial como uma alternativa viável e rentável de investimento, especialmente no cenário econômico pós-pandemia.

Tendência de alta nos aluguéis e valorização em algumas regiões

Até meados de 2022, o mercado de aluguel sofreu com desvalorização, reflexo da instabilidade econômica e da menor procura. A partir de então, observou-se uma retomada no valor real dos aluguéis, principalmente em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Em dezembro de 2024, o aluguel médio atingiu R$ 47 por metro quadrado, o que representa cerca de R$ 2.350 mensais para um apartamento de 50 m², ou aproximadamente R$ 28 mil por ano. Com os juros altos, o economista André Braz, do FGV-IBRE, acredita que a procura por aluguel tende a crescer, já que o financiamento para compra de imóveis se torna menos acessível.

Além disso, o retorno ao trabalho presencial tem aumentado a demanda por imóveis nos centros urbanos, colaborando para a valorização dos aluguéis e a elevação da rentabilidade nesse setor.

Invedtir em imóveis é mais rentável que Selic
Invedtir em imóveis é mais rentável que Selic

Preço de venda dos imóveis ainda não voltou ao nível pré-pandemia

Apesar da valorização dos aluguéis, os preços de venda dos imóveis ainda estão abaixo do patamar observado em 2020. Em 2024, o preço médio de um apartamento de 50 m² gira em torno de R$ 445 mil, com valor por metro quadrado estimado em R$ 8.900. Já em janeiro de 2020, ajustado pela inflação, esse mesmo imóvel custaria aproximadamente R$ 618 mil.

A situação varia conforme a cidade. Em Belo Horizonte, por exemplo, houve uma valorização real nos preços de venda desde 2021, atribuída à baixa oferta de imóveis e à recuperação gradual da procura.

Regiões com maior retorno sobre imóveis residenciais

O estudo também analisou a rentabilidade por bairro nas três capitais. Quatro bairros de Belo Horizonte se destacaram com retorno bruto superior a 30% ao ano:

  • Centro
  • Santa Terezinha
  • Bandeirantes
  • Caiçaras

Em São Paulo, o bairro com melhor desempenho foi o Jardim São Luís, com 24,7% de rentabilidade. No Rio de Janeiro, o destaque foi a Penha, com 20,5% de retorno.

Por que investir em imóveis pode ser vantajoso?

Proteção contra a inflação

Segundo especialistas, os imóveis funcionam como uma proteção natural contra a inflação. Isso acontece porque tanto os aluguéis quanto o custo de construção — que influencia diretamente o valor do imóvel — são impactados pelos índices inflacionários. Com a elevação da inflação, o aluguel tende a subir, e o custo para construir novos imóveis também aumenta, o que valoriza os ativos já existentes.

Segurança patrimonial em cenários instáveis

Em países como o Brasil, onde a instabilidade política e econômica é recorrente, os imóveis são vistos como uma forma de preservar patrimônio. De acordo com Renato Monteiro, CEO da Sort Investimentos, o mercado imobiliário tende a cair pouco em momentos de crise e se recuperar fortemente em ciclos de alta demanda — exatamente o que se viu no período pós-pandemia.

Valorização em regiões específicas

Algumas cidades, como as do litoral catarinense, são conhecidas pela valorização constante dos imóveis, mesmo em cenários de juros elevados. Isso se dá porque o público comprador costuma ter maior poder aquisitivo e aproveita oportunidades em momentos de crise, mantendo aquecido o mercado local.

Fundos Imobiliários (FIIs) ou imóveis físicos: qual escolher?

Para quem deseja investir no setor, existe também a alternativa dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). Eles oferecem uma entrada mais acessível no mercado, com aplicações a partir de R$ 100, permitindo diversificação sem a necessidade de comprar um imóvel completo.

Contudo, os FIIs estão sujeitos à volatilidade do mercado financeiro, podendo ter queda nas cotas mesmo quando os imóveis valorizam. Já o investimento direto em imóveis físicos permite ao investidor capturar diretamente a valorização do bem.

Qual a melhor escolha?

Segundo os analistas, a decisão depende do perfil do investidor:

  • Para quem busca liquidez e baixo valor inicial, os FIIs são mais indicados.
  • Já quem tem mais capital disponível e visa renda passiva de longo prazo, pode se beneficiar do investimento direto em imóveis.

Simulação de retorno: imóvel x outras aplicações

Um levantamento feito pela Comdinheiro/Nelogica comparou a performance de um imóvel de R$ 445 mil com outros investimentos em 2024. O retorno total foi de R$ 84.995, equivalente a 19,1%, superando inclusive o desempenho do Índice de Fundos Imobiliários (Ifix), que teve queda de 5,89% no mesmo período.

Principais riscos do investimento em imóveis

Apesar do bom desempenho, os imóveis possuem riscos, principalmente relacionados à liquidez. Vender um imóvel pode levar semanas ou até meses, devido à burocracia, negociação e registro. Diferente de aplicações financeiras que são vendidas com poucos cliques, a comercialização de um imóvel exige mais tempo e paciência.

Além disso, problemas estruturais do bairro, aumento da violência ou concorrência com regiões vizinhas mais desenvolvidas podem impactar negativamente o valor do imóvel.

Investir em imóveis pode ser uma alternativa sólida e lucrativa, especialmente em cenários de juros altos e inflação elevada. Contudo, é essencial analisar o local, o perfil do imóvel, e os objetivos pessoais antes de aplicar recursos nesse setor. Para quem busca diversificação e praticidade, os FIIs são uma boa porta de entrada, enquanto os imóveis físicos continuam sendo uma excelente escolha para quem deseja segurança e retorno de longo prazo.

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Fonte: einvestidor

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