Perda de Celulares por Policiais Investigados nos Atos de 8 de Janeiro Levanta Suspeitas e Gera Repercussão Nacional

Perda de Celulares por Policiais Investigados nos Atos de 8 de Janeiro Levanta Suspeitas e Gera Repercussão Nacional

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A perda de celulares pode comprometer investigações sobre a suposta tentativa de golpe de estado nos atos do dia 8 de janeiro de 2023. inclusive esse desaparecimento pode comprometer o andamento das investigações.

A semana foi marcada por uma nova polêmica envolvendo os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Desta vez, a atenção se voltou para um detalhe que, à primeira vista, poderia parecer pequeno, mas que tem grande impacto nas investigações: a perda de celulares por parte de policiais militares investigados por possível conivência ou omissão nos ataques.

A informação veio à tona em documentos e depoimentos obtidos pela Polícia Federal (PF), que desde o início de 2023 vem conduzindo uma das maiores apurações da história recente do país. A perda de aparelhos telefônicos por parte de agentes públicos diretamente ligados à segurança no dia dos atos antidemocráticos preocupa investigadores e levanta dúvidas quanto à integridade das provas e à possível tentativa de obstrução de Justiça.

Celulares “extraviados”: coincidência ou estratégia?

De acordo com apuração da imprensa e fontes ligadas à investigação, pelo menos 13 policiais militares do Distrito Federal que estavam escalados para atuar na segurança dos prédios públicos naquela data relataram perda, extravio ou troca de celulares institucionais ou pessoais.

A Polícia Federal trata o episódio com desconfiança. Isso porque, em uma era em que dispositivos móveis armazenam desde fotos até registros de localização, ligações, mensagens e aplicativos de comunicação, o celular de um policial pode ser uma verdadeira mina de informações cruciais.

Os investigadores querem saber se os celulares foram realmente perdidos ou se foram propositalmente descartados ou trocados, como forma de ocultar possíveis registros de omissão, facilitação ou até comunicação com manifestantes ou organizadores dos atos.

O papel da Polícia Militar nos eventos de 8 de janeiro

Desde os primeiros momentos após a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, a atuação da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) tem sido alvo de questionamentos. Imagens registradas no dia mostram policiais abrindo grades, não reagindo à invasão e, em alguns casos, filmando os acontecimentos com aparente complacência.

Essas atitudes levaram a abertura de diversos inquéritos e ao afastamento de comandos da corporação. As investigações buscam identificar se houve falha operacional, negligência, ou até adesão ideológica aos manifestantes, muitos dos quais pediam uma intervenção militar e a deposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Agora, com a notícia do desaparecimento de celulares, o cenário se torna ainda mais nebuloso. Informações que poderiam ajudar a entender o comportamento dos agentes durante os atos — como trocas de mensagens em grupos, ordens superiores, localização exata dos policiais no momento da invasão — podem ter se perdido para sempre.

O que dizem os envolvidos

Os policiais alegam, em sua maioria, que os celulares foram extraviados em circunstâncias diversas: alguns alegam perdas durante deslocamentos, outros mencionam furtos e até falhas técnicas irreversíveis que teriam levado ao descarte dos aparelhos. Em todos os casos, segundo a PF, a ausência de registros concretos que comprovem essas perdas é preocupante.

Autoridades da Corregedoria da PMDF e do Ministério Público acompanham o caso de perto, com a possibilidade de que as “perdas” sejam caracterizadas como obstrução de Justiça, caso se prove que foram intencionais.

Depoimento de Bolsonaro é aguardado com expectativa

Em paralelo ao desaparecimento dos celulares, outro episódio ganha destaque no andamento das investigações: o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado para a próxima semana, na sede da Polícia Federal, em Brasília.

Bolsonaro será ouvido como parte da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, envolvendo militares, políticos, empresários e aliados próximos. A suspeita é de que houve um plano organizado para deslegitimar o resultado das eleições de 2022 — vencidas por Lula — e impedir a posse do atual presidente.

Entre os pontos que devem ser abordados no depoimento estão:

  • Reuniões com comandantes militares, especialmente com ex-ministros como Braga Netto e Augusto Heleno;
  • Minutas golpistas encontradas na casa de ex-assessores e que sugeriam medidas inconstitucionais para manter Bolsonaro no poder;
  • Mensagens trocadas com aliados, algumas das quais já foram acessadas pela PF após quebras de sigilo;
  • E, especialmente, a relação de Bolsonaro com os atos de 8 de janeiro, incluindo omissões e discursos anteriores à invasão, considerados por muitos como incentivadores.

Bolsonaro, até o momento, nega envolvimento em qualquer tentativa de golpe e afirma que sua conduta após a eleição foi “democrática”, embora tenha viajado para os Estados Unidos dois dias antes da posse de Lula e não tenha participado da cerimônia de transição.

Repercussão política e jurídica

O desaparecimento dos celulares reacende o debate sobre transparência e responsabilidade institucional. Para juristas, a suposta perda de aparelhos por tantos agentes simultaneamente, em um contexto de forte investigação, é no mínimo “estranha”.

Já parlamentares da base do governo e de oposição travam uma nova disputa política. Enquanto aliados do Planalto acusam tentativa deliberada de apagar provas, deputados da oposição afirmam que o governo busca “criminalizar” policiais que estavam no cumprimento do dever.

Independentemente do embate político, o fato é que a ausência desses celulares pode representar um rombo importante na linha de investigação da PF, o que pode comprometer a responsabilização dos envolvidos e atrasar o desfecho dos inquéritos.

Um quebra-cabeça incompleto

O desaparecimento dos celulares de policiais militares é mais uma peça que falta no complexo quebra-cabeça dos atos de 8 de janeiro. Em um cenário onde a confiança nas instituições é constantemente posta à prova, episódios como este minam a transparência e levantam sérias dúvidas sobre a lisura de alguns agentes do Estado.

Com o depoimento de Jair Bolsonaro se aproximando, a expectativa é que a investigação ganhe novos contornos. A sociedade brasileira — e o mundo — aguardam as respostas que ainda precisam ser dadas sobre um dos episódios mais sombrios da democracia recente.

Atualizado; Celso Teixeira

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