Triunfo de Milei e influência de Trump reacendem a onda conservadora na América do Sul
O cenário político sul-americano vive uma nova virada. O triunfo de Javier Milei, fortalecido pelo apoio direto de Donald Trump, acendeu um alerta vermelho para a esquerda regional, incluindo o Brasil. O sucesso do líder argentino simboliza o renascimento de uma direita radical que volta a ganhar espaço no continente, impulsionada por discursos populistas, nacionalistas e pela rejeição às políticas progressistas.
Um sinal político que atravessa fronteiras
Embora as comparações com a década passada tenham limites, a ascensão de Milei marca um ponto de inflexão na política regional. Sua vitória e a subsequente “segunda fase da revolução libertária” representam um modelo que pode inspirar novos candidatos de direita em países vizinhos, especialmente em tempos de crise econômica e desgaste das gestões de esquerda.
A Argentina de 2025 pode ser o espelho do Brasil de 2026, quando Lula tentará manter o campo progressista no poder em meio à pressão crescente de movimentos conservadores e liberais fortalecidos.
Ecos do trumpismo e o novo mapa político da região
O fenômeno Milei não é isolado. Donald Trump, novamente em evidência no cenário internacional, tem servido de inspiração direta para líderes conservadores da América do Sul. Seu estilo combativo, a retórica antissistema e a defesa de valores ultraliberais voltaram a conquistar eleitorados frustrados com a política tradicional.
O Equador, por exemplo, manteve o conservador Daniel Noboa no poder, contrariando as previsões de derrota. No Chile, as pesquisas indicam que a direita poderá voltar ao governo, com José Antonio Kast — conhecido por minimizar abusos da ditadura de Pinochet — despontando como favorito para vencer Gabriel Boric em um possível segundo turno.
Brasil observa e se prepara para 2026
No Brasil, o governo Lula parece, por ora, em um momento de calmaria após a distensão nas relações com os Estados Unidos. Mas o avanço da direita em países vizinhos e o fortalecimento da influência trumpista na região não passam despercebidos pelo Planalto.
O cenário de 2026 promete uma disputa intensa, onde o desgaste econômico e o discurso moralizante da oposição podem pesar tanto quanto o histórico social e político da atual gestão.





