O rapper Oruam, um dos nomes em ascensão do trap nacional, será transferido para uma cela coletiva no sistema prisional do Rio de Janeiro após decisão da Justiça. O artista, preso recentemente em uma operação policial que investiga envolvimento com facções criminosas, estava em uma cela individual desde a sua detenção, mas a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou nesta terça-feira (5) que ele será encaminhado a uma unidade comum.
A mudança segue os trâmites legais de custódia preventiva e ocorre após análise de segurança e critérios administrativos do sistema prisional fluminense. Segundo a Seap, a transferência de Oruam visa garantir a isonomia de tratamento entre os detentos, respeitando as diretrizes do regime provisório.
Oruam foi preso no final de julho em uma ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público, que investiga uma suposta ligação do cantor com uma organização criminosa do Rio. As investigações apontam que o artista teria utilizado sua influência e visibilidade para promover, em músicas e redes sociais, símbolos associados ao tráfico de drogas.
A defesa do rapper nega todas as acusações e afirma que ele é alvo de perseguição por conta de sua imagem pública e do conteúdo artístico de suas composições. “Estamos confiantes de que a verdade será restabelecida e que Oruam provará sua inocência”, disse o advogado do artista em nota oficial.
Nas redes sociais, fãs do cantor expressaram apoio, levantando hashtags pedindo justiça e questionando o que consideram criminalização da cultura periférica. Já especialistas jurídicos alertam para a importância de se diferenciar o conteúdo artístico da prática criminosa, ressaltando que investigações devem ser baseadas em provas concretas, não apenas na estética musical.
O caso segue em segredo de Justiça, e novos desdobramentos devem ser divulgados nos próximos dias.