Nos últimos 15 dias, o “Morango do Amor” conquistou os capixabas e virou o doce mais desejado do momento. Inspirado na clássica maçã do amor, o bombom recheado com morango e brigadeiro, envolvido por uma camada crocante, tem feito tanto sucesso que algumas confeitarias estão abrindo mão de outros produtos para focar exclusivamente nele.
Em Vila Velha e na Serra, na Grande Vitória, duas confeitarias chegaram ao ponto de fechar as portas por um dia inteiro, dedicando-se somente à produção do bombom queridinho da vez.
Produção dobrada e filas na porta
Millena Moreira, Instagram midocesconfeitaria, de 26 anos, dona de uma loja no bairro Alecrim, em Vila Velha, viu a demanda explodir nas últimas semanas. A produção diária, que girava em torno de 400 unidades, dobrou para 800. Para conseguir dar conta, ela decidiu nem abrir a loja em alguns dias, focando apenas na produção.
“Na semana passada, nem o delivery eu consegui manter. A produção era só para atender quem vinha direto na loja. Quando vi a fila na porta, fiquei em choque. Parece uma segunda Páscoa para quem trabalha com doces”, contou.
Foto: Roberta Carolina Soares/Arquivo pessoalFoto: Roberta Carolina Soares/Arquivo pessoalFoto: Roberta Carolina Soares/Arquivo pessoal
Cliente deita no chão para garantir o seu
Na Serra, a confeiteira Roberta Carolina Soares, de 38 anos, vive situação parecida. Há oito anos no ramo, ela teve que reduzir o horário de atendimento para se dedicar à produção do bombom. A loja, localizada no bairro São Diogo 2, tem atraído tantos clientes que alguns chegam a se deitar no chão para espiar por debaixo da porta.
“Teve cliente sentado na calçada esperando eu abrir. Uma até se deitou para olhar pela fresta da porta, com medo de perder a chance de comprar. Já vendi 30 bombons em 15 minutos. Agora estou fazendo 100 por dia e pensando em aumentar ainda mais”, relatou Roberta.
Cada unidade é vendida por R$ 12.
A origem do doce que virou fenômeno
Apesar da explosão recente nas redes sociais, Millena acredita que o “Morango do Amor” não é exatamente uma novidade. Segundo ela, o doce já existe há alguns anos, mas viralizou agora com a ajuda da internet.
“O bombom não é novo, já vi há pelo menos cinco anos. Mas agora, com as pessoas gravando vídeos, mostrando a crocância e o visual bonito, ele ganhou outra dimensão. O ‘crock’ da mordida virou quase um ritual nas redes sociais”, explicou.
