Durante uma sessão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), realizada na terça-feira (20/05/2025), o ministro Flávio Dino fez um comentário que gerou uma reação imediata da ministra Cármen Lúcia. Ao se referir à colega como “a mais antiga dentre os presentes”, Dino foi corrigido prontamente pela ministra, que respondeu:
“Não, não sou a mais antiga. Sou a que está há mais tempo no tribunal.”
Contexto da sessão
A fala aconteceu durante o julgamento de uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra militares acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado. O processo resultou na aceitação da denúncia e tornou os acusados réus no STF.
Entendimento sobre “antiguidade”
Após a reação de Cármen Lúcia, o ministro Flávio Dino esclareceu que a expressão “mais antiga” dizia respeito ao tempo de atuação da ministra no Supremo Tribunal Federal — e não à idade dela. Dino ressaltou que sua fala teve a intenção de homenagear a experiência e a trajetória de Cármen Lúcia na Corte.
Em tom descontraído, Dino comentou:
“Quando fui deputado federal, escolhi interlocutores com mais de 70 anos porque eram mais sábios que eu.”
E completou:
“70 de idade, 70 de idade, que a senhora ainda vai chegar um dia.”
A ministra respondeu com bom humor:
“Se Deus quiser, aos 100 anos.”
A experiência de Cármen Lúcia no STF
A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha integra o STF desde 2006, sendo uma das figuras mais respeitadas e experientes do tribunal. Sua longa trajetória na Corte a tornou referência jurídica em temas como direitos fundamentais, democracia e combate à corrupção.
O episódio envolvendo Flávio Dino e Cármen Lúcia evidencia o respeito mútuo entre os ministros e o reconhecimento da importância da experiência institucional no STF. A troca de falas também serviu para reforçar o papel histórico de Cármen Lúcia no Judiciário brasileiro.