Por Redação | Atualizado em 29 de outubro de 2025
O governo do Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) que 121 pessoas morreram durante a operação de segurança nos complexos do Alemão e da Penha. Foram contabilizados 4 policiais mortos e 117 suspeitos, conforme informou o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
Moradores retiram dezenas de corpos de mata na Penha
Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, afirmaram ter encontrado ao menos 74 corpos ao longo da madrugada, na região da Serra da Misericórdia. Esses corpos foram levados até a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas. A polícia declarou que encontrou 63 corpos na mata.
Balanço oficial e divergências nos números
Na terça-feira, o governo havia informado 64 mortes — 4 policiais civis e militares e 60 suspeitos. No entanto, nesta manhã o governador Cláudio Castro (PL-RJ) confirmou oficialmente apenas 58 mortes, sem explicar a alteração. Na coletiva da cúpula de segurança, o número foi ajustado para 121.
Foram também registrados 113 presos, dos quais 33 eram de outros estadosVacaria.
Como foi a operação
Segundo o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, as forças de segurança mobilizaram cerca de 2,5 mil policiais. A estratégia incluiu o que foi chamado de “Muro do Bope” — avançadas das tropas em direção à mata para cercar suspeitos.
Investigação e críticas
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, classificou o “dano colateral” como “muito pequeno”, afirmando que apenas quatro pessoas sem ligação ao crime morreram. Já a Polícia Civil, por meio do secretário Felipe Curi, instaurou inquérito para investigar possível fraude processual na remoção dos corpos e na retirada de roupas camufladas dos suspeitos.
O ativista Raull Santiago, que auxiliou na retirada de corpos, declarou: > “Em 36 anos de favela […] eu nunca vi nada parecido com o que estou vendo hoje. É algo novo. Brutal e violento num nível desconhecido.”
Fonte: Governo do RJ, Polícia Civil do RJ
Leia também: Conheça o histórico das operações no Alemão e Penha
 
						 
						 
						 
						 
				 
											 
								 
								





 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								