Governo Trump Paralisa Atividades Federais Após Impasse Orçamentário com o Congresso

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O governo dos Estados Unidos iniciou uma paralisação (“shutdown”) de suas atividades não essenciais a partir da 00h01 desta quarta-feira, 1º de outubro de 2025, no horário de Washington.

A medida foi forçada pelo fracasso do Congresso em aprovar um projeto de lei para financiar as operações federais antes do início do novo ano fiscal. Este é o terceiro shutdown enfrentado pelo presidente Donald Trump e o primeiro desde 2019, refletindo um profundo e duradouro impasse partidário entre a Casa Branca e o Capitólio.

O cerne do desacordo reside na inclusão de questões de saúde na legislação orçamentária de curto prazo. O Partido Democrata se recusou a apoiar a proposta republicana de financiamento temporário, a menos que o texto incorporasse a extensão de subsídios cruciais para o Affordable Care Act (Obamacare), que estão prestes a expirar, e a reversão de cortes no programa Medicaid, que oferece assistência médica para pessoas de baixa renda.

Os republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes, aprovaram seu projeto de lei de curto prazo, mas este foi rejeitado no Senado, onde precisava de 60 votos para avançar. Os democratas no Senado, por sua vez, utilizaram sua minoria para bloquear a medida, insistindo que o financiamento do governo não poderia ser desvinculado das urgentes necessidades de saúde que afetam milhões de americanos.

Com o prazo esgotado, a suspensão de recursos forçou a maior parte dos departamentos e agências federais a cessar imediatamente suas operações não essenciais. O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estima que aproximadamente 750 mil funcionários federais serão diretamente afetados. A maioria deles entrará em licença não remunerada (furlough), enquanto aqueles considerados “essenciais” — como agentes de segurança de fronteira, controladores de tráfego aéreo e militares — continuarão trabalhando, mas sem a garantia de pagamento até que o financiamento seja restaurado.

A Casa Branca e o presidente Trump têm adotado uma postura de confronto, culpando publicamente os democratas pelo fechamento. Em declarações antes do prazo, Trump chegou a ameaçar usar o shutdown como uma oportunidade para demitir funcionários federais e eliminar programas considerados prioritários pela oposição democrata, aumentando o clima de tensão.

O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, respondeu, colocando a responsabilidade pela crise de saúde e pela paralisação diretamente sobre o presidente e o Partido Republicano, afirmando que “os americanos vão responsabilizá-lo” quando os custos dos planos de saúde aumentarem devido ao fim dos subsídios.

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