Dinheiro arrecadado com a venda de Little St James e Great St James, situadas nas Ilhas Virgens Americanas, servirá para pagar ações judiciais pendentes e custos imobiliários
As ilhas Little St James e Great St James, que receberam os infames apelidos de ‘Ilha da Pedofilia’ e ‘Ilha do Pecado’, serão colocadas à venda pelos administradores dos bens de Jeffrey Epstein, morto em 2019. O financista tirou a própria vida em um presídio de Nova York, onde cumpria pena por abuso sexual de menores de idade e tráfico sexual e aguardava sentença para outras acusações.
O valor pedido pelas propriedades particulares representam menos de 20% do valor de mercado pelo qual já foram comercializadas. As ilhas já foram avaliadas em cerca de 3,14 bilões de reais na época em que o empresário levava a alta roda da economia e da política mundiais para retiros no cenário paradisíaco das Ilhas Virgens Americanas. Hoje, os administradores de seu inventário estão pedindo “apenas” 606 milhões de reais, relata o The Wall Street Journal. A bagatela será destinada para quitar a resolução de ações judiciais pendentes e custos de operações imobiliárias.
Entre os famosos visitantes das praias particulares figuram nomes como os do príncipe Andrew, Bill Clinton e Donald Trump, figuras que hoje tentam manter a relação com o controverso amigo enterrada no passado.
Epstein comprou a Little St James em 1998, uma ilha de cerca de 28 hectares que possui heliporto, cais privativo, duas piscinas, três praias particulares e uma academia. Dezoito anos depois ele adquiriu Great St James. O valor de mercado das propriedades seria de cerca de 914 milhões de reais, o que indica o senhor desconto que os responsáveis pelos bens estão dando aos felizes compradores.
O procurador-geral das Ilhas Virgens Americanas, que tentou confiscar Little St James como propriedade do governo, descreveu anteriormente a ilha como “o refúgio perfeito para o tráfico de mulheres jovens e meninas menores de idade para servidão sexual, abuso infantil e agressão sexual”. O processo ainda dizia: “Epstein e seus associados poderiam evitar a detecção de sua atividade ilegal nas Ilhas Virgens e na aplicação da lei federal, e impedir que essas jovens e meninas menores de idade saíssem livremente e escapassem do abuso”.
Fonte : Globo.com
Edição e Publicação; Celso Teixeira
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