A ideia desse contingente surgiu durante uma reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e os países árabes
Durante sua visita aos Estados Unidos, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, discutiu a possibilidade de estabelecer uma força militar multinacional, incluindo soldados de países árabes, para promover a lei e a ordem na Faixa de Gaza, conforme relatado pelo portal Axios na sexta-feira (29).
A proposta, mencionada por dois altos funcionários israelenses, surgiu durante uma reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e ministros das Relações Exteriores de vários países árabes no Cairo, Egito, na semana passada, segundo um alto funcionário dos EUA citado pelo portal.
A ideia envolveria soldados árabes atuando temporariamente em Gaza para proteger o porto dos EUA e escoltar comboios de ajuda humanitária durante um período de transição limitado. No entanto, um oficial árabe expressou que os países árabes não estão prontos para enviar tropas para Gaza no momento, mas poderiam considerar isso como uma medida de manutenção da paz após o fim do conflito com Israel.
Quanto ao contexto, em outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque significativo contra Israel, resultando em um número alarmante de vítimas e reféns. Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, realizando bombardeios em Gaza e impondo um bloqueio que agravou a crise humanitária na região densamente povoada.
Com milhares de mortos e feridos, a situação em Gaza continua crítica, destacando a urgência de medidas para garantir a segurança e o bem-estar dos habitantes da região.
Ele explicou que os países árabes não estão prontos para enviar tropas para a Faixa de Gaza no momento, mas podem considerar enviá-las como uma força de manutenção da paz quando a guerra com Israel terminar.
ATAQUE SEM PRECEDENTES
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra o território israelense, matando mais de 1,1 mil pessoas e ferindo outras 5,5 mil, além de 253 reféns. Até o momento, pelo menos 100 já foram libertadas.
Em retaliação, Israel declarou guerra ao Hamas e iniciou bombardeios em Gazaalém de impor um bloqueio total ao enclave palestino, cortando o fornecimento de água, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.
Com mais de 32 mil mortos e cerca de 75 mil feridossegundo autoridades locais, o enclave, que é uma das regiões mais densamente povoadas do planeta, com quase 2,3 milhões de habitantes, vive uma das mais graves crises humanitárias da história do Oriente Médio.
Após o ataque do Hamas a Israel e a subsequente retaliação israelense, a situação na Faixa de Gaza atingiu proporções alarmantes, com milhares de vítimas e uma crise humanitária devastadora. As negociações sobre a possível intervenção de uma força militar multinacional, incluindo soldados árabes, refletem os esforços para encontrar soluções para estabilizar a região e garantir a segurança e o acesso à ajuda humanitária.
Embora a proposta ainda esteja em discussão e pareça encontrar resistência por parte dos países árabes devido às complexidades políticas e à sensibilidade da questão, ela destaca a necessidade de cooperação regional para resolver conflitos no Oriente Médio.
Enquanto isso, a comunidade internacional continua a monitorar de perto a situação em Gaza, buscando maneiras de aliviar o sofrimento dos civis afetados e trabalhar rumo a uma solução duradoura para o conflito entre Israel e o Hamas.
Por Misto Brasil – DF
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Edição e Publicação; Celso Teixeira
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