Por Redação Política | Atualizado em 12 de novembro de 2025
A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quarta-feira (12) um mandado de busca e apreensão contra Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Lula. A ação faz parte da Operação Coffee Break, que investiga suspeitas de fraudes em licitações públicas em prefeituras do estado de São Paulo, no Distrito Federal e no Paraná.
Alvos, mandados e escopo da operação
O mandado foi autorizado pela 1ª Vara Federal de Campinas e contou com apoio da Controladoria‑Geral da União (CGU) e da Polícia Militar de São Paulo. No total, a operação cumpriu cerca de 50 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em três estados.
Investigação e indícios de fraude
Segundo a PF, a investigação aponta que Carla Ariane e outros envolvidos atuavam no favorecimento de contratos junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a empresa Life Tecnologia Educacional, que teria recebido contratos com forte indício de superfaturamento — entre os anos de 2021 e 2024, os valores teriam alcançado R$ 128 milhões e margens de lucro de até 3.500%.
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Conexão familiar com o poder
Carla Ariane,ex-nora de Lula, foi casada com Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, o que torna o caso politicamente sensível. Mesmo divorciada, sua atuação como intermediária em contratos públicos coloca o tema sob forte tutela do debate público e institucional.
Resposta oficial e próximos passos
Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou formalmente sobre o mandado e o teor da investigação. A empresa Life não retornou contato da reportagem. A PF seguirá com as diligências e perícias nos próximos dias, conforme aponta o inquérito que evolui sob sigilo.
