“Para a população de Gaza: um lindo futuro os espera, mas não se retiverem os reféns. Se o fizerem, estão MORTOS!”
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou uma advertência severa à população de Gaza: um futuro promissor os aguarda, mas apenas se os reféns restantes forem libertados. Caso contrário, as consequências seriam devastadoras. Em uma publicação na sua rede Truth Social, Trump escreveu:
“Se o fizerem, estão MORTOS!” Ele instou aos líderes do Hamas que liberassem os reféns imediatamente e devolvessem os corpos das vítimas do ataque que desencadeou a atual guerra. Essa postura foi reforçada por um aviso para que os dirigentes do Hamas deixassem Gaza enquanto ainda tinham chance.
Além de ameaçar, Trump destacou que estava enviando ao governo israelense tudo o que fosse necessário para finalizar a operação contra o Hamas, afirmando que “nenhum membro do Hamas estará a salvo”. Essas declarações ocorreram em um contexto em que, pela primeira vez, houve comunicação direta entre representantes dos Estados Unidos e o Hamas, quebrando a política anterior de Washington de não dialogar com grupos considerados terroristas.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o enviado especial, Adam Boehler, tinha a autorização para se comunicar com qualquer um, destacando a importância de preservar vidas de americanos.
Embora Israel tenha expressado opiniões sobre esse diálogo, as conversas visavam discutir a libertação de reféns e a possibilidade de um cessar-fogo.
O ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 resultou em mais de 1.200 mortos e no sequestro de 251 pessoas. A escalada do conflito israelense em Gaza já causou aproximadamente 48.440 mortes, a maioria civis, e transformou a região em um cenário humanitário crítico.
Apesar das negociações, o chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, declarou que a missão de eliminar o Hamas em Gaza “ainda não foi concluída”, gerando incertezas sobre um possível cessar-fogo.
A dinâmica do conflito ainda é complexa, com Israel desejando prolongar um acordo de trégua e exigir a desmilitarização do Hamas, enquanto o grupo busca avançar para um cessar-fogo permanente.
Conclusão: A situação em Gaza é um reflexo da complexidade dos conflitos no Oriente Médio, onde ameaças e negociações andam lado a lado. A ameaça teórica de um futuro promissor para a população de Gaza, condicionada à libertação de reféns, mostra o desespero e as tensões na região.
O panorama contínuo de negociações, o elevado número de vítimas e a necessidade humanitária urgente exigem uma abordagem cuidadosa e diplomática para se alcançar um fim sustentável à violência, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.
– ‘Ainda não foi concluído’ –
Perguntada por essas conversas, reveladas pelo site Axios, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, respondeu que o enviado especial dos Estados Unidos, Adam Boehler, tem “autoridade para falar com qualquer um”.
“Israel foi consultado sobre esse assunto”, acrescentou, sem dar detalhes sobre o conteúdo das reuniões e disse que “há vidas de americanos em jogo”.
“Durante as consultas com os Estados Unidos, Israel expressou sua opinião sobre as conversas diretas com o Hamas”, detalhou o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Responsáveis do Hamas também confirmaram esses encontros.
“Houve vários contatos entre o Hamas e vários canais de comunicação americanos, o último com um enviado dos Estados Unidos, e o assunto dos prisioneiros israelenses que têm cidadania americana, tanto os vivos quanto os falecidos, foi discutido”, declarou um responsável do grupo que pediu anonimato.
Segundo o Axios, Boehler se reuniu com autoridades do Hamas nas últimas semanas em Doha para tratar da libertação dos cinco reféns americanos, quatro dos quais estão mortos, segundo um balanço da AFP.
Nessas conversas também se discutiu a libertação de todos os cativos que permanecem em Gaza, bem como a possibilidade de um cessar-fogo permanente, acrescentou o Axios, com base em duas fontes anônimas próximas.
Apesar dos contatos, o chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo de acabar com o Hamas em Gaza “ainda não foi concluído”, o que coloca em dúvida a trégua no território palestino. Netanyahu, por sua vez, limitou-se a dizer que está “decidido a ganhar”.
Israel lançou sua ofensiva militar na Faixa de Gaza após o ataque de 7 de outubro de 2023 no sul do país perpetrado por membros do Hamas, no qual morreram 1.218 pessoas.
O grupo sequestrou 251 pessoas, que foram levadas a Gaza como reféns. No total, 58 permanecem cativas, das quais 34 estariam mortas, segundo o Exército israelense.
A operação israelense provocou pelo menos 48.440 mortes em Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas considerados confiáveis pela ONU. Também gerou um desastre humanitário entre os 2,4 milhões de habitantes da Faixa.
– Fome, uma arma de guerra –
Em 19 de janeiro entrou em vigor um acordo de trégua alcançado com mediação de Catar, Egito e Estados Unidos.

Esse pacto está na berlinda, já que Israel e Hamas discordam sobre como mantê-lo, uma vez expirada sua primeira fase.
Nessa primeira etapa, o Hamas entregou 33 reféns e Israel libertou cerca de 1.800 palestinos.
Israel também permitiu a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, antes de bloqueá-la no domingo em meio às desavenças com o Hamas sobre o prosseguimento da trégua.
Israel quer que a primeira fase se prolongue até meados de abril e exige a “desmilitarização total” do território palestino, a saída do Hamas de Gaza e a entrega de todos os reféns antes de passar para uma nova fase.
Já o Hamas quer seguir para a segunda etapa, que contempla um cessar-fogo permanente.
Uma terceira fase deveria se dedicar à reconstrução de Gaza.
07/03/2025
Fonte: R7
Atualização: Celso Teixeira
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