Faltando poucos dias para o Carnaval, a expectativa é de que a festa confirme o aquecimento do setor de entretenimento – que foi uma marca no ano passado e que parece se repetir em 2023. Pelo menos é o que espera o Camarote Nº 1, dono de um dos espaços mais tradicionais dentro da Marquês Sapucaí, no Rio, que já constatou um aumento na receita com vendas de ingressos e patrocínio para o evento que começa na próxima sexta (9) de cerca de 30%, para perto dos R$ 30 milhões.
O público aguardado no camarote, no entanto, não deve ser muito diferente do que se viu em 2023: 3.500 pessoas por dia. Fazendo as contas, portanto, é possível perceber que os preços, tanto nos patrocínios quanto na venda dos tickets, estão mais altos este ano – o que corrobora a tese de alguns economistas de que a inflação mundial tem como pano de fundo a mudança nos hábitos dos consumidores no pós-pandemia, que passaram a privilegiar experiências (serviços) aos bens de consumo. Os ingressos, que já estão esgotados, custavam a partir de R$ 3.170,00.
Segundo Marcio Esher, sócio e diretor de negócios e marketing da Holding Club, controladora do Camarote Nº1, o preço dos ingressos subiu entre 10% e 15%, ao mesmo tempo em que houve crescimento no número de cotas de patrocínio. “Embora a gente tenha mantido o público, ampliamos o espaço físico em 40%, o que nos dá mais oportunidade de vender mais áreas, promover mais ativações”, diz.
O modelo de negócio do Camarote Nº1 conta com três fontes de receita: o patrocínio vindo de um pool de 25 empresas, entre elas a Ambev – com a marca Brahma, parceira histórica do camarote – , a venda de áreas VIPs para empresas e a bilheteria. Somente os tíckets, que dão acesso a 12 horas de evento, com direito ao desfile das escolas de samba mas também a vários outros shows e alimentação e bebida – respondem por 60% do faturamento.
O Nº1, também conhecido como Camarote da Brahma, foi fundado pelo empresário José Victor Oliva em 1988. Ele deixou a gestão do negócio, que passou a ser compartilhada por Esher, Priscila Pellegrini e Ju Ferraz. A empresa faz parte da Holding Club, que faturou R$ 300 milhões em 2023 e é detentora também da Samba, empresa de eventos corporativos, convenções e eventos proprietários, e da Roda, de promoções e incentivos. Para esses segmentos, a expectativa é de que o ritmo de crescimento fique mais moderado em 2024. “A gente sentiu que em 2023 houve uma extensão da temperatura mais aquecida para os eventos corporativos, uma certa euforia. Mas tenho dúvidas se em 2024 a gente vai continuar nesse mesmo ritmo, com a mesma quantidade de festivais que tivemos em 2023”, define Ju Ferraz.
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Fonte: Infomoney
Edição e Publicação; Celso Teixeira
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