Acionistas da Gafisa (GFSA3) rejeitaram, em assembleia extraordinária realizada nesta quarta-feira, a proposta da gestora Esh Capital para destituição do conselho de administração e a proposição de uma ação de responsabilidade contra seus integrantes, conforme informado pela empresa em comunicado à imprensa.
“A gestora Esh Capital solicitou a convocação da assembleia geral extraordinária pela quarta vez, com o intuito de deliberar sobre as mesmas questões, as quais foram rejeitadas em todas as ocasiões anteriores”, declarou a companhia.
No final do ano passado, o Esh Theta Master alegou um descumprimento do estatuto social, argumentando que uma aquisição de ações da empresa foi realizada sem o lançamento de uma oferta pública para os demais acionistas da companhia.
O pedido mais recente foi feito em 29 de janeiro pelo fundo, que detém mais de 5% das ações da Gafisa, e afirmou que lidará com a questão dentro do prazo legal.
A Gafisa informou anteriormente que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) havia autorizado a realização da assembleia nesta quarta-feira, conforme originalmente programado, com a condição de retirar da pauta um item relacionado ao fundo Esh Theta.
De acordo com a comunicação da CVM recebida pela Gafisa, o item a ser retirado da pauta da reunião envolvia o cálculo de eventuais prejuízos “em decorrência de condutas imputadas” ao fundo e à gestora Esh Capital.
A Gafisa anunciou que removeria da pauta o item referente à responsabilização do fundo, “mantendo inalteradas as demais matérias”.
Entretanto, a saga entre a Gafisa e a gestora Esh Capital parece longe de um desfecho. As tentativas recorrentes da Esh Capital de influenciar a gestão da Gafisa indicam um conflito persistente entre os acionistas e a administração da empresa.
A recusa dos acionistas em acatar as propostas da Esh Capital sugere que há uma divisão significativa de opiniões sobre o rumo que a empresa deve tomar. Enquanto alguns investidores podem estar alinhados com as estratégias propostas pela gestora, outros claramente demonstraram confiança na administração atual da Gafisa.
A retirada do item relacionado à responsabilização do fundo Esh Theta da pauta da assembleia, a pedido da CVM, indica a importância do cumprimento das normas regulatórias e o desejo de evitar possíveis disputas legais.
No entanto, o fato de que a gestora Esh Capital continuará lidando com a questão dentro do prazo legal sugere que o conflito entre as partes pode persistir e eventualmente se desdobrar em ações judiciais ou outras medidas.
Enquanto isso, os acionistas e observadores do mercado aguardarão para ver como essa disputa se desenrolará e qual impacto terá sobre a Gafisa, suas operações e seu valor no mercado de ações.
InfoMoney
Edição e Publicação; Celso Teixeira
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